Vídeo: GCM mata músico atropelado, segue dirigindo e admite ter bebido
À polícia, GCM admitiu ter ingerido bebida alcóolica antes de atropelar músico em Suzano e disse que fugiu do local com medo de assalto
atualizado
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São Paulo — O guarda civil municipal (GCM) Roni Mayer de Souza, de 50 anos, atropelou e matou o músico Antonio Marcos Souza Silva, de 48 anos, conhecido como Marcus Menezes, enquanto voltava de uma festa no último sábado (1°/6), em Suzano, na Grande São Paulo.
O atropelamento aconteceu na Rua Prudente de Morais e foi registrado por uma câmara de segurança (assista abaixo). Aos policiais, o GCM confessou ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir. Nas imagens, é possível ver o veículo atingindo em cheio o músico, que foi arremessado e caiu inconsciente no meio da via. Marcus Menezes morreu no local.
Mesmo após o ocorrido, o agente, que estava junto com a namorada, continuou acelerando e não prestou socorro à vítima.
Segundo boletim de ocorrência, obtido pelo Metrópoles, Roni afirmou que não notou que havia atropelado uma pessoa. À polícia, ele levantou a hipótese de estar sendo alvo de um apedrejamento que poderia resultar em um assalto. Por estar de folga e desarmado, disse que preferiu sair do local.
Ainda de acordo com os registros policiais, uma testemunha, presente no bar ao lado do acontecido, relatou ter ouvido o barulho do impacto do veículo com a vítima. Após ver o músico caído inconsciente, reuniu informações do carro do GCM e o procurou pela região. Ao encontrar o suspeito, a testemunha avisou sobre o atropelamento a Roni, que voltou ao local do crime.
Ao retornar ao endereço, Roni teria apresentado sinais de embriaguez, relataram os GCMs presentes no local, com “fala mole, andar cambaleante e odor etílico”.
Um exame de bafômetro foi feito no lugar e confirmou a suspeita. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o homem confessou ter ingerido álcool momentos antes, em uma festa da qual estava indo embora.
O Metrópoles procurou o GCM por mensagem de texto e ligação, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
O veículo do agente foi apreendido e será alvo de uma perícia. Roni Mayer foi preso em flagrante e responderá por homicídio culposo (sem intenção) qualificado, na direção de veículo automotor com o qualificador de ter ingerido bebida alcoólica.
Roni não responderá por omissão de socorro e fuga no local do acidente, segundo a polícia. O registro policial levou em conta o fato de ele e sua namorada não perceberem que haviam atropelado uma pessoa e levantarem a hipótese de um suposto assalto, levando em conta também o horário e a “periculosidade do local”.
O agente foi encaminhado à Cadeia Pública de Mogi das Cruzes, mas agora responde em liberdade.