Vídeo: cães salvos do porão de loja de bijuterias são levados para ONG
Comerciante chinês responsável pelos maus-tratos de 26 animais está preso. Cães eram mantidos sem luz, água, comida e eram agredidos
atualizado
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São Paulo — Após serem mantidos no escuro, sem água ou comida, a vida trágica de 26 cães, parte mantida no porão de uma loja de bijuterias, no centro da capital paulista, tomou um novo rumo, no fim da manhã desta sexta-feira (23/8).
Todos foram resgatados (assista abaixo) de dois comércios de Guozhen Zeng, de 42 anos, na República. Ele segue preso pelo crime de maus-tratos.
Dos 26 animais, 24 são da raça american bully e eram criados clandestinamente, em condições degradantes, para serem comercializados ilegalmente por Guozhen. Todos os animais foram levados para uma ONG, na qual serão tratados e depois disponibilizados para adoção.
Uma denúncia anônima indicou que os animais eram mau-tratados nos endereços das lojas Super Baby e Empório Bijuterias e Presentes, pertencentes ao homem de origem asiática.
Veja:
Policiais civis e militares foram em ambos os locais, nessa quinta-feira (22/8), flagrando as condições degradantes nas quais os cães eram mantidos.
Como mostrado pelo Metrópoles, os cachorros viviam em lugares sujos com fezes, forte odor, sem iluminação, ração e água. Eles também eram agredidos com socos e chutes, de acordo com a polícia.
O delegado João Blasi, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), afirmou que frequentadores da loja sentiam o cheiro forte e vizinhos dos estabelecimentos ouviam choros dos animais.
Ele ainda disse que a maioria dos resgatados são filhotes, acrescentando que o comerciante chinês vendia os cães entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.
Blasi definiu os locais onde os cachorros eram mantidos como um “verdadeiro calabouço”.
Em depoimento, logo após ser preso, o comerciante negou os maus-tratos e argumentou que mantinha os animais nas lojas, “como cães de guarda”. Os american bullys são conhecidos pelo comportamento dócil e amigável.
Guozhen seria submetido a uma audiência de custódia, nesta sexta-feira (23/8). A defesa dele não foi encontrada. O espaço segue aberto para manifestações.