Vídeo: bandidos atacam PMs com fuzil em Santos; policial é baleada
Dupla de PMs foi alvo de tiros de fuzil quando estava em viatura em frente a uma padaria em Santos; uma policial ficou ferida
atualizado
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São Paulo — A cabo da Polícia Militar Najara Fátima Gomes foi ferida a tiros quando desembarcava da viatura da PM em Santos, no litoral paulista, no início da manhã desta terça-feira (1º/8). Ela e seu colega de trabalho estavam em frente a uma padaria, no bairro Campo Grande.
Uma câmera de monitoramento (assista abaixo) registrou o momento em que dois criminosos, armados com fuzis, desembarcam de um carro Honda HRV, às 6h.
As imagens mostram que, assim que saem do veículo, os criminosos correm em direção à viatura, que não aparece no registro, ocupada pela dupla de policiais, entre as ruas Evaristo da Veiga e Visconde de Cayru.
Os criminosos atiram contra os policiais, que revidam, e depois correm de volta para o carro, ocupado por um piloto de fuga. Um dos bandidos, segundo as imagens, não consegue embarcar de imediato no veículo e é deixado para trás.
O Metrópoles apurou que a policial foi ferida na região das costas e encaminhada para a Santa Casa de Santos. Ela também estaria com um projétil alojado em uma das pernas. O estado de saúde da PM é estável.
Até a publicação desta reportagem, ninguém havia sido preso.
Violência no litoral
O litoral paulista vive uma onda de violência, recrudescida nos últimos dias após o assassinato do soldado da PM Patrick Bastos Reis, morto durante patrulhamento em uma favela do Guarujá, na última quinta-feira (27/7).
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou nesta terça-feira (1º/8) que 12 pessoas morreram durante ações policiais no Guarujá, desde o dia 27.
Como mostrado pelo Metrópoles, moradores da favela Vila Zilda, onde o soldado Reis foi morto com um tiro dentro da viatura na qual fazia patrulhamento, tinham receio de retaliação por parte dos PMs
Outros três policiais estavam na viatura atingida pelos disparos. Um cabo também foi baleado na ocasião, sem gravidade.
Governo nega excessos
Em entrevista coletiva realizada nessa segunda-feira (31/7), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), negou que tenha havido excesso por parte dos policiais militares durante as ações. Tarcísio tratou como “narrativa” a denúncia da Ouvidoria de que teria havido um caso de tortura.
“Cada ocorrência é investigada. Não há ocorrência que não seja investigada. Agora, não podemos permitir que a população seja usada e não podemos sucumbir a narrativas. A gente está enfrentando o tráfico de drogas. A gente está enfrentando o crime organizado, e a gente tem de ter consciência disso”, afirmou Tarcísio.