Vídeo: arrastão após baile funk tem roubo de celulares e até de tênis
Baile do Céu, no extremo leste da capital paulista, ocorre há mais de um ano e gera insegurança em moradores da região
atualizado
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São Paulo – Jovens foram alvo de um arrastão, na saída de um baile funk, no extremo leste da capital paulista (assista abaixo), na Avenida Doutor Guilherme de Abreu Sodré. O caso ocorreu no sábado (9/9).
Considerado um dos maiores bailes funks da capital paulista, o Baile do Céu ocorre há mais de um ano no bairro Cidade Tiradentes. A aglomeração de jovens incomoda moradores e, na opinião deles, contribui para o aumento da sensação de insegurança na região.
Imagens captadas por duas câmeras de monitoramento mostram ao menos dez criminosos abordando jovens, encostados em uma parede enquanto fumam e bebem. São levados bonés, celulares e até os tênis de alguns deles.
Uma moradora, que pediu para não ter o nome publicado, afirmou nesta segunda-feira (11/9) ao Metrópoles que os roubos são comuns entre os próprios frequentadores do baile.
“Imagine para nós que moramos no bairro? Para ir trabalhar no sábado, no ponto de ônibus, morro de medo, porque pode acontecer arrastão. Eles roubam quem estiver por perto.”
Ela acrescentou que o uso de drogas e até sexo na rua “são comuns” em dias de baile, que duram até o sol raiar, atraindo cerca de dois mil frequentadores.
“Para você ter uma ideia. No fim de semana retrasado a polícia colocou todo mundo pra correr, o pau quebrou. Aí, depois a polícia foi embora, todo mundo voltou e o baile durou até a manhã do domingo.”
A moradora criticou a falta de permanência de policiais no bairro. Segundo ela, caso a Polícia Militar mantivesse viaturas em ronda a situação poderia ser ao menos minimizada.
A reportagem apurou ainda que motoristas de ônibus são obrigados, sob ameaças, a levar gratuitamente frequentadores do baile. Alguns dos frequentadores afirmam pertencer ao crime organizado para intimidar as vítimas.
Questionadas sobre o arrastão, identificação e eventual prisão de suspeitos, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo e a Polícia Militar não haviam se posicionado até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.