Vídeo: “Achei que seria roubado”, diz motorista que matou policial
Comerciante Isaías Bispo dos Santos foi ferido com um tiro na cabeça após arrastar com BMW policial civil por cerca de 10 metros
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – “Ele não falou que era policial. Só mostrou a arma para mim. Eu achei que seria roubado”. Essa foi a motivação alegada pelo comerciante Isaías Bispo dos Santos (foto de destaque), de 37 anos, para acelerar o BMW que conduzia, arrastar, atropelar e matar um policial civil.
O caso ocorreu na madrugada de domingo (2/4), em Santo André, no ABC paulista. O comerciante foi ferido com um tiro na cabeça.
Emvídeo obtido pelo Metrópoles (veja abaixo), Isaías conta sua versão do que aconteceu.
O comerciante disse que voltava do Tatuapé conduzindo o BMW de um amigo, o autônomo Lucas Rocha de Brito, de 26 anos, que estava no banco do carona. Quando um semáforo fechou, o veículo do policial Thiago Osvaldo, 37, um Chevrolet Camaro, parou ao lado.
Isaías afirma ter comentado com Lucas sobre a beleza do Camaro, para o qual ficaram olhando. Por causa disso, ainda segundo o comerciante, o policial teria perguntado se eles tinham gostado do carro. Os dois amigos falaram que sim. “Aí ele mostrou uma arma pra mim”, disse.
Ainda segundo a versão do comerciante, o policial teria se aproximado do BMW guiado por Isaías, que acelerou. Thiago ficou com o braço preso na porta, do lado do motorista, e foi arrastado por cerca de dez metros e atropelado em seguida.
Enquanto era arrastado, o policial deu um tiro e acertou a cabeça de Isaías, que perdeu a consciência. O comerciante foi levado para o Hospital Municipal de Santo André, onde passou por uma cirurgia. Já o policial morreu antes da chegada do socorro.
Mesmo internado, a prisão preventiva de Isaías foi decretada pela Justiça. Quando teve alta, no último dia 6, o comerciante foi encaminhado para a Cadeia Pública de Santo André, de onde seria transferido para o Centro de Detenção Provisória da cidade do ABC.
Defesa
O advogado de Isaías, Reinalds Klemps, entrou com um pedido de liberdade provisória. O defensor afirmou nesta segunda-feira (10/4) que o Ministério Público de São Paulo se manifestou contra. “Agora, aguardamos a decisão da Justiça.”