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Influencer religioso Victor Bonato é inocentado de acusação de estupro

Influencer religioso Victor Bonato foi acusado de estupro por três fiéis e chegou a ficar preso por cerca de 60 dias no fim de 2023

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Imagem colorida do influencer evangélico Victor Bonato falando ao microfone - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do influencer evangélico Victor Bonato falando ao microfone - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo  O influenciador evangélico Victor de Paula Gonçalves, conhecido como Victor Bonato, foi inocentado nessa segunda-feira (29/7) pela Justiça de São Paulo (TJSP).

Fundador de um movimento religioso voltado para jovens de Alphaville, bairro nobre de Barueri, ele foi acusado de estupro por três fiéis. Bonato chegou a ficar preso temporariamente por cerca de 60 dias e deixou a prisão no dia 16 de novembro do ano passado.

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Bonato segue preso suspeito de três crimes sexuais
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Victor Bonato era líder do Galpão, grupo evangélico fundado em Alphaville (SP)

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Três fiéis afirmam terem sido estupradas por influencer evangélico

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Natural de Minas Gerais, Bonato foi preso temporiamente por 30 dias

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Bonato segue preso suspeito de três crimes sexuais

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A decisão que inocentou o influenciador, obtida pelo jornal O Globo, diz que os detalhes da história contada pelas vítimas, todas maiores de idade, “não se mostraram consistentes para sustentar a acusação, mesmo depois de concluída a investigação”.

Além disso, o juiz Fábio Calheiros do Nascimento citou dúvidas sobre o não consentimento dos atos sexuais em um dos episódios relatados por uma das mulheres e destacou que alguns dos dados narrados pelas vítimas “não aparentam ser abusivos”.

De acordo com a sentença, a absolvição de Victor Bonato se deu por falta de laudos periciais comprovando que as vítimas foram, de fato, estupradas, além de inconsistência nos depoimentos das garotas.

“M.C. teria mantido relação sexual com o réu na casa da vítima, inicialmente consentida. Durante o ato sexual, ocorrido em 8 de junho de 2023, o réu ficou agressivo e desferiu tapas contra o seu rosto, dizendo que fazia isso porque ela o recusara em data anterior. Na decisão que recebeu a denúncia, também foi mencionado um ato praticado no dia 10 de junho, contra M.C., também na casa do réu. Todavia, vejo que esse fato não foi descrito na denúncia e, portanto, não será objeto de análise. Houve erro material na análise, o que ora é corrigido”, escreveu o juiz.

Fábio Calheiros do Nascimento recorreu à presunção da inocência para inocentar o influenciador: “Ocorre que, à míngua desse laudo pericial, naturalmente, a acusação assumiu um dever mais complexo de comprovar a prática dos crimes a partir de outras provas. É justamente da análise dessas provas e do cruzamento do conteúdo delas que o resultado se mostrou insuficiente para a condenação”.

Em nota, a defesa de Victor Bonato, conduzida pelas advogadas Graciele Queiroz e Samara Batista, disse que conseguiu demonstrar a inocência do influenciador religioso, desconstituindo as alegações e apresentando provas que evidenciaram a inexistência dos fatos acusatórios.

Acusações contra Victor Bonato

As vítimas, com idades entre 19 e 24 anos, foram à Delegacia da Mulher de Barueri, em setembro, para denunciar que Victor Bonato usava sua “influência religiosa” para manipulá-las e obrigá-las a ter relações sexuais com ele. A polícia e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontaram risco de fuga do influencer, e a Justiça decretou a prisão de Bonato em 20 de setembro de 2023.

Segundo o inquérito policial, obtido pelo Metrópoles, os crimes teriam ocorrido entre janeiro e setembro de 2023, em diferentes lugares, como a casa de Bonato, em Alphaville. Um dia antes do registro feito pelas mulheres na delegacia, o influencer postou um comunicado no Instagram, plataforma na qual ele tem 146 mil seguidores, dizendo que precisava se “arrepender profundamente” e que faria um “detox de redes sociais”.

No dia seguinte ao boletim de ocorrência feito pelas vítimas, e véspera de sua prisão, Bonato voltou às redes sociais para dizer que estava se “retirando da liderança” do Galpão e “tirando um tempo para me curar no Senhor”.

Na mesma data, o Galpão publicou uma nota afirmando que o influencer não fazia mais parte do movimento religioso, sem mencionar especificamente as acusações de estupro feitas pelas seguidoras.

“Alguns acontecimentos ferem diretamente o que o Galpão acredita e segue, fere a palavra e está em desacordo com o que Jesus nos ensina. Por esse motivo, ele foi afastado do Galpão.”

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