ViaMobilidade propõe investimento extra de R$ 87 mi em linhas de trem
A ViaMobilidade apresentou proposta de melhoria ao Ministério Público de São Paulo e ao governo de São Paulo para manter concessão
atualizado
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São Paulo – A ViaMobilidade, empresa que administra as linhas de trem 8-Diamante e 9-Esmeralda, apresentou nesta segunda-feira (17/4) proposta de investimento extra de R$ 87 milhões em melhorias nos serviços prestados.
A companhia entrou na mira do Ministério Público de SP (MPSP), que chegou a pedir o cancelamento da concessão com o governo de São Paulo.
De acordo com a empresa, as sugestões serão incluídas no plano de ação apresentado à gestão estadual em fevereiro.
Os investimentos extras foram divididos em cinco frentes:
- Modernização da estação Antônio João (linha 8), envolvendo novas escadas rolantes, elevadores, um novo mezanino, novos sanitários e um bicicletário
- Ampliação do mezanino da estação Barra Funda e instalação de escadas rolantes
- Instalação de passarelas nas extremidades das plataformas da estação Presidente Altino, melhorando a integração do fluxo de passageiros das linhas 8 e 9
- Ampliação do número de bloqueios de acesso (catracas) e da cobertura externa da estação Primavera Interlagos
- Implementação de tecnologia ao longo das linhas para dar informações em tempo real aos clientes sobre os horários de chegada e partida das composições por meio da leitura de QR Code
“Esta proposta de acordo é mais um movimento para recuperar rapidamente a infraestrutura central e acessória das duas linhas”, disse o presidente da CCR Mobilidade, Marcio Hannas.
“Sugerimos em nossa proposta de acordo prazos específicos de entrega para cada um destes cinco projetos e os trabalhos serão iniciados assim que tivermos a concordância do Palácio dos Bandeirantes e do Ministério Público para irmos adiante”, explicou Hannas.
Na semana passada, representantes da ViaMobilidade se reuniram com o governo de São Paulo e com o Ministério Público para discutir uma solução para as falhas de operação recorrentes nas linhas administradas pela empresa.
Falhas
Um relatório do MPSP divulgado no final de março listou 48 procedimentos que deveriam ser adotados pela ViaMobilidade para corrigir problemas.
Na ocasião, o promotor Silvio Marques afirmou que a empresa não está cumprindo o contrato e que “há elementos mais que suficientes” para a gestão de Tarcísio de Freitas suspendê-lo.
O MPSP já havia recomendado, em fevereiro, que o governo rompesse o contrato com a empresa por causa das falhas. O governador Tarcísio, no entanto, optou por defender a ViaMobilidade, que anunciou plano de investimentos de R$ 600 milhões para reformar as linhas.
Na semana passada, Tarcísio afirmou que o governo de São Paulo está estudando conceder todas as linhas da CPTM à iniciativa privada.
Outros investimentos
Em fevereiro deste ano, a ViaMobilidade já havia se comprometido a antecipar investimentos de R$ 519 milhões por meio do Plano de Ação apresentado ao Governo do Estado. Além desse montante, e para atender a recomendações mais recentes do Centro de Apoio à Execução do Ministério Público, a ViaMobilidade apresentou, em 13 de abril, proposta adicional de investimentos no valor de R$ 117 milhões a serem quase integralmente destinados à recuperação das vias permanentes (trilhos e dormentes).
A empresa assumiu a operação das linhas 8 e 9 em janeiro de 2021.