Veterinários de Sorocaba ajudam no resgate de cavalo em telhado no RS
Equipe de profissionais do interior de São Paulo foram para o Sul do país trabalhar como voluntários
atualizado
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São Paulo — Um grupo de veterinários de Sorocaba (foto abaixo), no interior de São Paulo, está em Canoas, no Rio Grande do Sul, para tentar resgatar um cavalo que ficou preso no teto de uma residência, ilhado pelas enchentes que castigaram o Estado nos últimos dias.
A imagem do animal ilhado viralizou nas redes socias na manhã dessa quarta-feira (8/5) e o grupo, que tem feito resgate de animais de grande porte na região, se mobilizou para ajudar na operação. Pelas redes sociais, os voluntários fizeram uma vaquinha para a compra de um barco de metal que seria utilizado nas operações.
Na manhã desta quinta-feira (9/5), cinco barcos e um helicóptero estavam no bairro de Mathias Velho para a retirada do animal do telhado. O resgate está sendo feito com ajuda do Exército. O cavalo foi apelidado de “Caramelo”.
Animais de grande porte
A equipe de Sorocaba é formada por dois veterinários e três auxiliares que tem experiência em resgate especializado de animais de grande porte em situação de emergência. Eles viajaram para o Rio Grande do Sul na segunda-feira (6/5) e estão atuando com apoio do Corpo de Bombeiros do Estado.
O coordenador da equipe é o médico veterinário e professor universitário da Universidade de Sorocaba (Uniso) Leandro Castro. Pelas redes sociais, ele documenta as ações do grupo, que tem salvado cerca de 3 equinos por dia. Segundo ele, a equipe se preparou por uma semana antes de viajar para o Sul e tem suprimentos para ficar até 20 dias na região.
Na manhã de quinta-feira (9/5), os veterinários de Sorocaba já tinham resgatado uma égua que havia passado a noite presa na enchente (ver vídeo abaixo). O grupo havia tentado salvar o equino com uma boia durante a noite de quarta-feira (8/5), mas o animal, que estava praticamente encoberto pelas águas, não conseguiu sair.
Pelas redes sociais, uma das voluntárias conta que a fêmea ficou tremendo toda a noite e saiu da enchente sem um olho. “Foi frustrante para a gente porque não conseguimos tirá-la da água à noite. Não conseguimos nem dormir. Mas prometemos que a gente ia buscá-la, e falamos para ela ficar firme. E ela ficou”, falou uma das veterinárias.