Após mais de um mês, vermelho “clássico” volta aos pilares do Masp
Tradicional tinta vermelha havia sido removida de pilares do Masp durante restauro feito pelo museu, o primeiro em 56 anos
atualizado
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São Paulo – Após mais de um mês com o concreto exposto, os pilares do Masp voltaram a ser pintados de vermelho neste fim de semana. O museu é um dos cartões-postais paulistanos e passa pelo primeiro restauro desde a sua inauguração, há 56 anos.
Embora tenha inaugurado em 1968, as pilastras só foram pintadas de vermelho em 1991. O museu divulgou ter utilizado, na nova pintura, a cor original, batizada de “Interfine 878 Vermelho Masp”.
A tintura dos pilares na década de 1990 tinha por objetivo impermeabilizar o concreto, que enfrentava problemas de infiltração no edifício. Em 2018, o museu detectou um processo de corrosão nas estruturas e apontou a necessidade de um restauro.
“Esta intervenção começou com a retirada das inúmeras camadas de tinta sobrepostas e o tratamento do concreto”, disse, em nota, a gerente de projetos e arquitetura do Masp, Miriam Elwing.
A reforma no museu, localizado na Avenida Paulista, também se aplica a toda a área externa, que permanece com o vão do edifício interditado.
Masp em expansão
Projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, o prédio de concreto armado suspenso por vigas de ferro é considerado um marco na arquitetura da capital e foi tombado em 2003 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A restauração integra o projeto de expansão do Masp, que inclui a inauguração de um novo edifício, também na Paulista, à direita do próprio museu.
Atualmente, o acervo do Masp reúne cerca de 11 mil obras, mas expõe apenas 1% por causa do espaço físico limitado. Com a expansão, o museu pretende aumentar em 66% a capacidade expositiva.