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Vereadora chama vítima de feminicídio de doente: “Aceita a agressão”

No plenário, Sirana Bosonkian (PDT), parlamentar do Guarujá, em SP, comentou casos de mulheres assassinadas. Após repercussão, desculpou-se

atualizado

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Câmara Municipal de Guarujá/Reprodução
Vereadora Sirana Bosonkian, no plenário da Câmara Municipal de Guarujá, durante fala que banalizou feminicídios - Metrópoles
1 de 1 Vereadora Sirana Bosonkian, no plenário da Câmara Municipal de Guarujá, durante fala que banalizou feminicídios - Metrópoles - Foto: Câmara Municipal de Guarujá/Reprodução

São Paulo — A vereadora Sirana Bosonkian (PDT) equiparou vítimas de feminicídio a agressores durante a 38ª sessão ordinária na Câmara Municipal de Guarujá, no litoral de São Paulo, nesta semana. Apesar de se declarar contrária aos crimes, a parlamentar disse que, quando a mulher não denuncia, todos os envolvidos em casos de violência doméstica são “doentes”.

O discurso foi feito no plenário, nessa terça-feira (3/12). Sirana pediu ao presidente da Câmara espaço para um pronunciamento e citou feminicídios recentes de duas jovens na cidade.

“Vamos falar o seguinte: quem é o pior? Quem que é o mais doente… ele que bate ou ela que aceita a agressão e não faz nada? Quem seria o pior, ela que não sai de casa e não denuncia?”, questionou a vereadora. Em outro momento, a parlamentar ainda questionou: “O que faz uma mulher gostar de uma coisa dessas?”

Veja:

 

Após repercussão negativa da fala nas redes sociais, a vereadora se posicionou em vídeo publicado no Instagram. “Quero pedir desculpas às famílias das vítimas e a todos que se sentiram ofendidos”, lamentou. “Não quis ofender, não estou entendendo toda essa manifestação. Talvez tenham faltado palavras no meio do discurso”, completou.

Feminicídios

No Brasil, um feminicídio é registrado a cada seis horas, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgado neste ano. A tipificação representa o assassinato de uma mulher motivado pelo simples fato do gênero da vítima.

Por motivos variados, como medo, filhos, dependência financeira e/ou emocional, muitas mulheres não conseguem acusar os próprios agressores. Para denunciar, a vítima de violência doméstica ou qualquer testemunha pode entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

Segundo o governo federal, o serviço funciona diariamente, durante 24 horas, inclusive nos sábados, domingo e feriados. “Em todas as plataformas, as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para que o denunciante possa acompanhar o andamento.”

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