Vereadora do Novo é denunciada por briga com colega na Câmara em 2021
MPSP ofereceu denúncia contra Cris Monteiro após briga no banheiro e no plenário da Câmara com Janaína Lima, que terminou expulsa do Novo
atualizado
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São Paulo — A vereadora Cris Monteiro (Novo) foi denunciada à Justiça pelo crime de lesão corporal por causa da briga que teve com a também vereadora Janaína Lima, na época sua colega de partido e hoje no MDB, após uma discussão sobre o tempo de fala de cada uma delas no plenário da Câmara. Cris não aceitou o acordo que havia sido proposto pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) para encerrar o caso.
O boletim de ocorrência foi feito em 10 de novembro de 2021, dia seguinte ao episódio, mas a denúncia, da promotora Regiane Vinche Zampar Guimarães Pereira, só foi apresentada à Justiça nessa terça-feira (17/10). O crime de lesão corporal é punido com pena de três meses a um ano de detenção.
Peruca arrancada
As duas tinham de repartir o tempo de fala do Novo durante as discussões sobre a reforma da Previdência municipal quando se desentenderam no plenário. Cris foi atrás de Janaína no banheiro da Casa. Lá, ambas trocaram agressões. Segundo o relato de Cris, ela foi enforcada e teve a peruca arrancada por Janaína.
Após o caso, Cris conseguiu uma medida protetiva contra Janaína, o que a impediu, até agosto passado, de se aproximar da colega. Janaína também foi expulsa do Novo.
As duas prestaram queixas na polícia pelo caso e, em janeiro deste ano, o juiz Fabricio Reali Zia, da Vara do Juizado Especial, determinou que ambas fossem tratadas como autoras do crime de lesão corporal.
No entanto, de acordo com a denúncia apresentada nessa terça, Janaína aceitou um acordo proposto pelo MPSP para encerrar o caso. No acordo, ela admite a prática das lesões corporais contra a colega e terá que pagar uma multa. Cris, por outro lado, não aceitou o acordo, por isso foi denunciada.
A Justiça, agora, irá decidir se aceita a denúncia contra Cris e, posteriormente, se ela é culpada.
No inquérito do caso, a defesa de Cris, a cargo do advogado Daniel Leon Bialski, afirmou que a vereadora não aceitou o acordo com o MPSP “confiando no papel da Justiça com o arquivamento dos autos do caderno investigatório injustamente instaurado” contra ela.
O defensor afirma, no processo, que a queixa de Janaína contra Cris foi uma “nítida estratégia defensiva de se desvencilhar das acusações de agressão”.
O Metrópoles procurou Cris por meio de sua assessoria de imprensa para comentar o caso. O espaço segue aberto a manifestações.