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Vereador e policiais são presos por falsas operações contra o tráfico

Grupo de presos em Piraju, no interior de SP, estaria envolvido em esquema que desviava drogas apreendidas em “falsas operações”

atualizado

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Arma apreendida em operação Cama de Gato do Gaeco em São Paulo, que terminou com 4 presos por desvio de drogas - Metrópoles
1 de 1 Arma apreendida em operação Cama de Gato do Gaeco em São Paulo, que terminou com 4 presos por desvio de drogas - Metrópoles - Foto: Reprodução- MPSP

São Paulo — Uma operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu nesta sexta-feira (20/9) quatro policiais civis investigados de participar de um esquema de tráfico de drogas na cidade de Piraju, no interior de São Paulo. Um desses agentes é o vereador Paulo Rogério Cardoso (PL), conhecido como Paulinho Policial.

O político, que é candidato à reeleição, assim como os outros policias, teria forjado falsas operações contra tráfico de drogas para repassar o material.

De acordo com o promotor do Gaeco Nelson Aparecido Febraio Júnior, os policiais faziam com que traficantes locais comprassem drogas de traficantes maiores. Quando a remessa de droga chagava, eles simulavam uma apreensão de drogas.

“Nessa armadilha para que a droga chegasse até eles e eles pudessem desviar essa droga, ninguém era preso. Eles deixavam as pessoas fugirem do local e a droga nunca era apresentada na delegacia de polícia. Essa droga era armazenada entre eles e, posteriormente, entregue a terceiros que estão sendo identificados neste momento”, explicou o promotor.

Além de responderem criminalmente, os policiais civil estão sendo investigados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e podem perder o cargo.

Na mesma operação, denominada “Cama de Gato”, foram cumpridos ao todo 12 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em cidades do interior de São Paulo e em municípios do Paraná. As investigações mostraram que o esquema começou na cidade de Carlópolis, no Paraná.

Além das prisões, também foram apreendidos carros de luxo e R$ 105 mil em dinheiro.

Os nomes dos agentes presos não foram divulgados. O Metrópoles tentou contato com a defesa do vereador Paulo Rogério, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno. O espaço segue em aberto.

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