Empresa que ganhou lote de escolas tem polêmica envolvendo cemitérios
Empresa líder de consórcio que ganhou leilão para construção e gestão de 17 escolas estaduais de SP atua em cemitérios da Prefeitura
atualizado
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São Paulo — A Engeform, empresa que lidera o consórcio que arrematou o leilão do primeiro lote para a construção e gestão de 17 escolas estaduais em São Paulo nesta terça-feira (29/10), é uma das sócias da Consolare, concessionária responsável pela administração de sete cemitérios concedidos pela Prefeitura da capital e que vem sendo criticada por sua atuação na cidade.
No site da Engeform, a Consolare é apresentada como um dos cases da empresa no ramo das concessões. As duas empresas mantêm vínculo por meio da ECS Cariacica Engeform, responsável pela gestão da Engeform e que tem como administrador Marcelo Castro dos Santos, membro do conselho administrativo da Consolare.
Desde que assumiu a gestão funerária da capital, no início de 2023, a Consolare tem sido alvo de diversas críticas em razão dos serviços prestados.
Denúncias publicadas pelo Metrópoles no início deste ano mostram que a concessionária já foi condenada pela Justiça por casos envolvendo atraso na entrega de caixão, ossos desaparecidos e corpo entregue dentro de um saco no caixão.
Nesta terça-feira, a Engeform Engenharia arrematou o primeiro lote de escolas estaduais que serão construídas e geridas pela iniciativa privada em São Paulo. Por um contrato de 25 anos, ela vai receber como contrapartida do governo o valor total de R$ 3,38 bilhões.
O leilão foi vencido porque ela apresentou o menor valor mensal de contrapartida — R$ 11,98 milhões — para erguer e manter a infraestrutura de escolas em 14 cidades do estado.