Velório de Pelé: 27 mil já passaram pela Vila para se despedir do Rei; siga
Velório de Pelé começou às 10h e deve durar até o mesmo horário de terça, quando haverá um cortejo pelas ruas de Santos antes do enterro
atualizado
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Santos – Cerca de 27 mil pessoas já passaram nesta segunda-feira (2/1) pelo gramado da Vila Belmiro, em Santos, para se despedir de Pelé, segundo os organizadores da cerimônia. O velório do Rei do Futebol será encerrado às 10h de terça-feira (3/1), quando haverá um cortejo pelas ruas da cidade antes do sepultamento.
Com o caixão de Pelé colocado no centro do campo onde ele fez história, autoridades e fãs começaram a se despedir do ex-jogador às 10h desta segunda-feira. Sob calor de 29ºC, uma multidão enfrentou duas horas em uma fila de 1,5 km em frente ao estádio para ver de perto o corpo de Edson Arantes do Nascimento, que morreu aos 82 anos, na última quinta-feira (29/12).
“A gente já esperava esse tamanho, é um evento histórico. Vamos tentar entrar. Sendo otimista, cálculo uma duas horas para chegar lá (dentro do estádio)”, contou a psicanalista Denise Arduim, enquanto arguardava na fila que contornava as ruas na região do estádio Urbano Caldeira.
Desde cedo, familiares de Pelé estão na Vila Belmiro para despedir do Rei do Futebol, que deixa seis filhos, a esposa, Marcia Aoki, e sua mãe Celeste, de 100 anos.
Edinho, filho de Pelé que seguiu a carreira de jogador e hoje é treinador do Londrina, publicou em suas redes que o corpo do maior jogador da história do futebol estava “em casa”, se referindo à Vila Belmiro, estádio do Santos
Autoridades como o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o ministro Gilmar Mendes, do STF, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, já compareceram ao velório para prestar uma última homenagem a Pelé.
Velório
Os fãs que vão se despedir de Pelé terão acesso pelos portões 2 e 3 da Vila Belmiro. Foram instalados gradis no gramado para orientar o público a formar a fila que passará próximo do corpo. As autoridades terão acesso pelo portão 10 do estádio.
A previsão é que o velório termine às 10h de terça-feira (3/1). Em seguida, o corpo sairá em cortejo pelas ruas de Santos, passará pelo canal 6, onde ainda mora a mãe de Pelé, dona Celeste, e terminará no Memorial Necrópole Ecumênica, para ser sepultado.
O corpo de Pelé saiu do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, às 2h desta segunda-feira, e foi escoltado pelo Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar durante o trajeto até o estádio do Santos Futebol Clube. O translado durou menos de duas horas.
Nos arredores da Vila Belmiro, integrantes de torcidas organizadas do clube esperavam a chegada do maior jogador de futebol da história. Eles soltaram fogos de artifício em homenagem ao camisa 10.
Fãs viajaram de outros estados
Por volta das 7h, muita gente que viajou para prestar a última homenagem ao ídolo já chegava à Vila Belmiro. Pelé morreu na última quinta-feira (29/12), em decorrência de um câncer no cólon.
O metalúrgico aposentado Airton Carvalho, de 60 anos, veio de Jundiaí com toda a família – filha, filho e neto. “A gente veio prestar a homenagem para o maior. O que ele fez ninguém faz. O que os grandes jogadores fazem hoje ele já fazia lá atrás, e com gramados muito piores. Vai ficar um vazio muito grande para a gente, principalmente para a gente que é santista.”
Já a também aposentada Silene Rego, de 61 anos, mora em frente ao estádio santista há 10 anos e é uma assídua frequentadora dos jogos santistas. “Dia histórico. Não consegui dormir a noite toda. Santos não seria nada sem Pelé. O Santos tem essa torcida enorme por causa do Pelé.”
Antônio Rangel, de 65 anos, saiu de Curitiba na noite de domingo (1º/1), para estar logo cedo na Vila Belmiro. Ele, que costuma viajar para Santos para assistir a jogos do clube do coração, conta que a maior frustração de sua vida é não ter visto o rei jogar.
“Dia muito triste para o mundo inteiro. Sem comentários, só tristeza. Eu não consegui ver o rei jogar, mas sempre ouvi as histórias do meu pai”, contou Rangel.
Já o servidor federal Clodoaldo Leitão de Melo tem a história de vida intimamente ligada ao Santos. “Meu pai homenageou o Clodoaldo [ídolo do Santos] no meu nome. Então, eu vim para cá para homenagear o Pelé. “Significa muito para mim, é de coração. Por isso fiz esse sacrifício para vir”, afirma. Ele pegou um avião para ir de Cuiabá a Santos.