Gol, Onix, HB20: veja ranking dos veículos mais furtados e roubados em SP
Número de roubos e furtos de veículos no estado subiu 4,37% no 1º trimestre deste ano em relação a 2022; confira as regiões mais visadas
atualizado
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São Paulo — No primeiro trimestre deste ano, o estado de São Paulo registrou um total de 21.397 roubos e furtos de veículos, um aumento de 4,37% em relação ao mesmo período do ano passado. O modelo mais visado pelos assaltantes continua sendo o Volkswagen Gol, que foi alvo de 1.618 ações criminosas, seguido do Fiat Uno, com 1.196 ocorrências.
Os números são da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), com análise da empresa de rastreamento veicular Ituran. Os dados são coletados mensalmente e esmiuçados em detalhes, com recortes que a própria SSP não realiza, como os modelos de automóveis mais furtados e roubados, as cidades e bairros mais atingidos, os horários e dias da semana mais frequentes e a idade média dos veículos.
“O Gol tende a estar sempre no topo da lista porque há muitos modelos e gerações”, explica Rodrigo Boutti, gerente de Operações da Ituran Brasil. Com mais de 40 anos de produção no país, o volume de unidades do Gol circulando nas ruas explica, segundo Boutti, o número proporcional de furtos e roubos.
Boutti afirma que, do total de roubos e furtos de veículos praticados em todo o país, 33% estão concentrados no estado de São Paulo. “E nesse universo de 33% no estado, 75% dos casos ocorrem na capital e região metropolitana de São Paulo”, diz.
De acordo com a análise da Ituran feita no primeiro trimestre deste ano, a capital lidera entre as cidades com mais furtos e roubos de automóveis, com 9.179 ocorrências. Em seguida, vêm os municípios de Santo André (1.219), na região do ABC paulista, Campinas (864), no interior do estado, Guarulhos (728), São Bernardo do Campo (659) e Osasco (584), todas na Grande São Paulo.
Já em relação aos dias da semana, o levantamento mostra que as quartas-feiras (3.598 casos) e quintas-feiras (3.565) são os dias mais suscetíveis a ações criminosas. Ataques à noite (6.480 ocorrências) e pela manhã (5.691) são mais frequentes.
“No meio da semana, os criminosos optam por furtar veículos deixados perto de estações de metrô e terminais de ônibus, por exemplo, quando seus donos vão trabalhar e demoram horas para perceber e comunicar o crime”, diz o gerente da Ituran. “O mesmo acontece à noite: muitas pessoas deixam o carro pernoitando em frente a suas casas e só notam o crime no dia seguinte.”
Dos 21.397 casos registrados pela SSP no primeiro trimestre, 23,51% referem-se a roubos e 76,49%, a furtos. A leitura feita pela Ituran é que criminosos preferem praticar furtos por uma série de fatores. Um deles está relacionado aos dias e horários mencionados anteriormente: quando o dono do automóvel se dá conta, o criminoso já está a horas de distância e, em muitos casos, o veículo já pode até ter sido “desmanchado”.
“Além de ser um crime menos grave do que o roubo, é um delito difícil de provar. Um suspeito com um carro furtado pode alegar que pegou o carro de outra pessoa e, assim, responderia no máximo por receptação”, diz Boutti. “Como a vítima não viu seu rosto, em tese, ele também não seria reconhecido como o autor do furto.”