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Veja as medidas contra deputado do PL acusado de agredir Cíntia Chagas

Deputado estadual Lucas Bove (PL) é alvo de uma medida protetiva. Influenciadora acusa ex-companheiro de agressão física e psicológica

atualizado

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Cíntia Chagas e Lucas Bove posam juntos quando ainda eram casados - Metrópoles
1 de 1 Cíntia Chagas e Lucas Bove posam juntos quando ainda eram casados - Metrópoles - Foto: @cintiachagass/Instagram/Reprodução

São Paulo — O deputado estadual Lucas Bove (PL) está impedido, por uma medida protetiva, de chegar a uma distância de menos de 300 metros de sua ex-companheira, a influenciadora Cíntia Chagas, que o acusa de violência doméstica. Ele também não pode entrar em contato com ela por e-mail, mensagem de texto, telefone ou carta.

A decisão, do início de setembro, é da juíza Danielle Galhano Pereira da Silva, da Vara de Violência Doméstica Contra a Mulher. Em caso de descumprimento, Lucas Bove pode ser preso preventivamente.

“Ressalte-se que a medida protetiva de proibição de contato proíbe o requerido de ‘marcar’ ou mencionar o nome da vítima e de seus familiares em postagens que ele faça em quaisquer redes sociais, ou outro meio de comunicação, bem como comente postagens de qualquer um deles ou envie qualquer tipo de mensagem”, escreve a magistrada na decisão.

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Cíntia Chagas prestou queixa contra o deputado
Cíntia Chagas é influencer e professora de português
Cíntia Chagas teria proposto a multa de R$ 1 milhão para quebra da confidencialidade
A defesa de Cíntia Chagas pediu a prisão de Lucas Bove na sexta-feira (18/10)
Antes de casar com o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP), esteve em um relacionamento com o psicólogo e empresário Luiz Fernando Garcia
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Cíntia Chagas prestou queixa contra o deputado

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Cíntia Chagas teria proposto a multa de R$ 1 milhão para quebra da confidencialidade

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A defesa de Cíntia Chagas pediu a prisão de Lucas Bove na sexta-feira (18/10)

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Antes de casar com o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP), esteve em um relacionamento com o psicólogo e empresário Luiz Fernando Garcia

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A influencer e o deputado estadual de SP anunciaram a separação poucos meses depois do casamento

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A medida protetiva solicitada por Cíntia Chagas tem como base acusações de agressões físicas e psicológicas que teriam ocorrido durante o relacionamento entre eles, que durou pouco mais de dois anos. A mulher registrou um boletim de ocorrência, em 4 de setembro, descrevendo a violência.

Arremesso de faca

Em um dos episódios mencionados, Bove teria arremessado uma faca na perna da influenciadora durante um casamento, em Ribeirão Preto, em 3 de agosto deste ano.

O motivo da agressão seria o fato de que ela se recusou a tirar foto com Jair Bolsonaro (PL) e Michelle Bolsonaro durante o jantar. Chagas teria dito que tiraria a foto quando terminasse de comer.

“O autor, furioso, retirou os talheres de suas mãos e os jogou sobre a mesa, ato contínuo, agressivamente a puxou pelo braço, tirando-a da mesa e direcionando-a para o local das fotos”, diz o pedido de medida protetiva.

Após Cintia Chagas chegar ao local das fotos, com dificuldade para descer um barranco, o deputado ainda teria dito: “Lamentável! Vai embora, você não serve para nada”.

O evento ocorria em uma fazenda, em um local isolado. A mulher teria chamado um motorista particular para ir embora, enquanto Bove enviava várias mensagens dizendo para ela voltar para a festa.

Ao chegar em casa, Bove teria chamado a então companheira de “interesseira”, dito que queria se separar e jogado uma garrafa d’água nela.

“Você é uma rameira, interesseira. Se eu tivesse mais dinheiro, você não faria isso comigo. Se você tomar banho, eu vou queimar todas as suas roupas. […] A gente vai se separar […] Você só não vai apanhar agora porque você tem seis milhões de seguidores”, teria dito Lucas Bove.

A briga resultou na separação do casal. Chagas relata que, quando foi até o apartamento de Bove para pegar seus pertences, não encontrou vários deles, suspeitando que o ex-companheiro havia escondido os objetos.

Dias depois, a mulher teria recebido uma mensagem do advogado de Bove, via WhatsApp, pedindo que ela assinasse um contrato com uma série de imposições, com uma multa no valor de R$ 750 mil, em caso de descumprimento. O teor do contrato não é especificado.

O deputado ainda teria feito uma ameaça de processá-la na esfera criminal, caso ela não assinasse o documento.

Diante da recusa de Chagas em assinar o contrato, Bove teria feito novas ameaças, mencionando políticos bolsonaristas. “Vou usar o ex-ministro Ricardo Sales para compor uma frente contra você”, teria dito. “A Michelle Bolsonaro está me exigindo um posicionamento, porque estão falando que eu te agredi no casamento”.

O deputado estadual teria afirmado que estaria disposto a expor “intimidades” da ex-companheira na internet para “acabar com seu sonho na política”.

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