atualizado
1º DIA
Quinta-feira (27/7)
22h30
Uma viatura da Rota que fazia patrulhamento na favela Vila Zilda, no Guarujá, é alvo de tiros. Dois dos quatro policiais militares que estavam no veículo são baleados.
O soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morre com uma bala de calibre 9mm que entrou na altura do ombro e atingiu seu peito. Ele era lutador de jiu-jitsu, casado e deixou um filho de 3 anos de idade.
LOCAL: Rua Conceição A. Vendramin Bernardino, Esquina com a Avenida da Saudade – Guarujá
Ainda na noite de quinta, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, ordenou a deflagração da Operação Escudo, para “capturar os criminosos que atiraram contra dois policiais da Rota no Guarujá”.
2º DIA
Sexta-feira (28/7)
O secretário Guilherme Derrite vai para o Guarujá acompanhar a Operação e anuncia que dois suspeitos foram presos. 13h20
Morte de civis 1
Fábio Oliveira Ferreira, 40 anos, morre em uma suposta troca de tiros na Rua Albino Marquês Nabeto, a cerca de 8 quilômetros de distância de onde o PM foi assassinado. Segundo boletim de ocorrência,
policiais da Rota deram três tiros de fuzil e um de pistola.
18h30
O governador Tarcísio de Freitas lamenta a morte do soldado da Rota e diz que “todos os quatro envolvidos já foram identificados”
19h30
Um suspeito, não identificado, morre em suposto tiroteio com a Rota na Rua das Figueiras, a cerca de 2 quilômetros de distância de onde ocorreu a primeira morte por mãos policiais. A Rota deu um tiro de fuzil e três de pistola.
22h50
Outro suposto criminoso morre baleado pela PM na Rua Mário Malheiros, a 10 quilômetros de distância da morte por intervenção policial anterior..Foram disparados 9 tiros de pistola.
3º DIA
Sábado (29/7)
Corpo do soldado Patrick Reis é enterrado
19h15
Cerca de 20 horas após a terceira morte por policiais, morre mais um suspeito não identificado em uma suposta troca de tiros na Rua Bartolomeu de Gusmão. Policiais da Rota deram 3 tiros de fuzil e um de pistola.
20h15
Outro suposto criminoso, ainda não identificado, é morto com três tiros de fuzil e um de pistola na Rua Quatro, a dois quilômetros e meio de distância da morte anterior.
20h25
Dez minutos depois, Cleiton Barbosa Moura, de 24 anos, morre com oito tiros de fuzil na Rua Operária, a quatro quilômetros de distância da Rua Quatro.
4º DIA
Domingo (30/7)
7h40
Rogério Andrade de Jesus, 49 anos, morre em suposta troca de tiros com PMs na Avenida Brasil, na mesma região onde o soldado da Rota foi assassinado na quinta-feira.
À tarde
Ouvidoria da Polícia faz uma reunião de emergência após receber informações de que a PM já teria matado dez pessoas na Operação Escudo no Guarujá
20h22
O governador Tarcísio de Freitas divulgou no Twitter que “o autor do disparo que matou o Soldado Reis” foi capturado na zona sul de São Paulo e que “três envolvidos já estão presos”. “A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune”.
À noite
Antes de se entregar à polícia, Erickson David da Silva, de 28 anos, gravou um vídeo, instruído por seu advogado, pedindo para que o governador “parar de fazer a matança” no Guarujá. Ele afirma ser inocente.
5º DIA
Segunda-feira (31/7)
9h
Tarcísio confirma, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, que oito suspeitos foram mortos pela PM, elogia o trabalho da polícia e afirma que não houve “excesso”
Ao longo do dia
Entidades de Defesa dos Direitos Humanos criticam reação “desproporcional” da PM. Ministros Silvio Costa (Direitos Humanos) e Flávio Dino (Justiça) também chamam a atenção para a operação policial.
14h20
O suspeito Evandro da Silva Belém, de 35 anos, morre em uma suposta troca de tiros com policiais na Rua Botafogo. Ele teria dado um tiro de revólver calibre 32 contra os PMs, que revidaram com disparos de fuzil e pistola na região do abdômen.
15h10
Um homem identificado como indigente foi morto com um tiro de fuzil e dois de pistola após supostamente atirar contra os policiais com um revólver calibre 38, na Avenida Bento Pedro da Costa
20h
Ministério Público de São Paulo anuncia uma força-tarefa para investigar a morte do soldado da Rota e a operação da Polícia Militar no Guarujá
À noite
Secretaria da Segurança Pública confirma que número de mortos na Operação Escudo chega a 10
23h54
Um homem não identificado é morto com três tiros de fuzil a 2,5 metros de distância dentro de um barraco no bairro de Morrinhos, no Guarujá. Segundo policiais, ele estava armado com um revólver calibre 38
6º DIA
terça-feira (1º/8)
6h
A policial militar Najara Fátima Gomes, de 34 anos, é ferida a tiros, pelas costas, quando desembarcava de uma viatura da PM em frente a uma padaria no bairro Campo Grande, em Santos, cidade vizinha ao Guarujá, no litoral paulista
Pela manhã
Outro PM que atua no interior de São Paulo e foi convocado para reforçar o policiamento no litoral é baleado no bairro Chico de Paula.
À tarde
Governador Tarcísio de Freitas confirma 14 mortes na operação da PM no Guarujá e afirma que “não existe combate ao crime sem efeito colateral”
7º DIA
Quarta-feira (2/8)
Na madrugada
Kauã Jazon da Silva, suspeito de envolvimento na morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis se entrega à polícia em Santos. Ele é irmão de
Erickson David da Silva, o “sniper do tráfico”. preso como autor do tiro que matou o PM.
Pela manhã
Secretaria da Segurança Pública informa que número de mortos na Operação Escudo chega a 16, sendo 13 no Guarujá e 3 em Santos. Segundo a pasta, 58 suspeitos foram presos, e 18 armas e 385 quilos de drogas, apreendidos
À Tarde
Moradores de comunidades do Guarujá protestam contra a violência policial durante a Operação Escudo
O delegado Antônio Sucupira, do Guarujá, afirma que os três acusados de participarem do assassinato do soldado da Rota estão presos. Polícia continua em busca dos suspeitos de balearem três policiais em Santos
