Valdemar diz que Tarcísio vai deixar o Republicanos e migrar para o PL
Segundo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também é do PL, a mudança de Tarcísio só vai acontecer após as eleições deste ano
atualizado
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São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que trocará de partido e irá para a legenda, que abriga seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A informação, atribuída a Valdemar, foi publicada neste domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pelo Metrópoles com auxiliares de Bolsonaro.
Aliados de Tarcísio, contudo, não confirmam. “Não tem movimento do governador nesse momento para mudança de partido”, disse ao Metrópoles, extraoficialmente, uma das pessoas com maior interlocução com o governador no Palácio dos Bandeirantes.
A mudança de Tarcísio para o PL começou a ser cogitada no ano passado, quando seu partido abriu negociações para fazer parte da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso.
Em setembro do ano passado, o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foi nomeado ministro de Portos e Aeroportos. Tarcísio chegou a dizer que conversaria com o presidente de sua legenda, Marcos Pereira, sobre o tema, mas se manteve no Republicanos.
Pedido de Bolsonaro
A migração para o PL teria sido um pedido direto de Bolsonaro a Tarcísio. O governador paulista é tido como o principal nome do bolsonarismo para as eleições presidenciais de 2026 – embora os principais auxiliares de Bolsonaro citem como primeira opção o próprio ex-presidente, apostando na queda da inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político.
Um auxiliar de Bolsonaro afirmou ao Metrópoles que a decisão de Tarcísio sobre a troca de partido já foi comunicada aos aliados tanto do Republicanos quanto do PL. Mas a migração só vai acontecer após as eleições municipais deste ano – o governador deve apoiar uma gama de candidatos, de diferentes legendas, que vão disputar prefeituras contra candidatos de esquerda.
A expectativa é de que a relação entre Tarcísio e o Republicanos permaneça amistosa, embora a ruptura formal abra caminho para o partido compor com o governo Lula a chapa para sucessão nas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.