USP deve demitir professor negacionista da crise climática por faltas
Professor Ricardo Augusto Felício, conhecido por ser negacionista climático, não ministra aulas desde 2020, mas ainda recebe salário da USP
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – A Universidade de São Paulo (USP) deve demitir o professor Ricardo Augusto Felício, de 53 anos, conhecido por ser negacionista climático. O docente é alvo de um processo administrativo por faltas.
Professor da USP desde 2008, Felício ministrava a disciplina de climatologia, na grade do curso de Geografia, dentro da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH).
No entanto, nas redes sociais o professor chama o aquecimento global de “fraude”, contrariando diversos estudos sobre o tema. Ele também faz críticas à pandemia de Covid-19, à qual classifica como “fraudemia”.
Em março deste ano, a direção da FFLCH aprovou, por unanimidade, o processo de demissão de Felício. De acordo com o procedimento disciplinar, o professor se recusou a dar aulas desde o início da pandemia, em março de 2020, mesmo recebendo seu salário normalmente.
A universidade tem encontrado dificuldades em notificar Felício do procedimento, já que ele não tem respondido às tentativas de contato.
Segundo o portal da Transparência da USP, o salário líquido de Felício, em junho de 2023, foi de R$ 8,8 mil. Ele é contratado em regime parcial e deveria ministrar por 12 horas semanais.