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USP: alunos decidem sobre fim da greve em assembleia nesta segunda

Estudantes tiveram nova reunião com reitoria durante a manhã, mas não houve avanço em relação às pautas negociadas na semana anterior

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São Paulo – Os alunos da Universidade de São Paulo (USP) vão decidir na noite desta segunda-feira (9/10) se mantêm ou não a greve estudantil que começou no dia 21 de setembro.

A assembleia será realizada no vão do prédio de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), no Butantã, zona oeste de São Paulo.

A FFLCH foi a primeira unidade da USP a ter as aulas paralisadas pelo movimento estudantil em protesto contra a falta de professores na universidade.

Na última quarta-feira (4/10), a reitoria anunciou a contratação de mais 148 docentes temporários na expectativa de pôr fim à greve discente.

O anúncio foi feito durante uma reunião de negociação com os alunos e foi bem recebido pelos grevistas.

Dois dias depois do encontro, estudantes de engenharia da Escola Politécnica da USP votaram por encerrar a paralisação e desbloquear os prédios que contavam com barricadas em frente às salas de aula.

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Método de empilhar carteiras em frente às portas é utilizado para evitar que alunos e professores furem a greve aprovada em assembleias
Na FAU, barricadas fecham espaços utilizados em aulas de desenho e projetos
Imagens internas da FFLCH, na USP, com piquete montado por estudantes em greve; eles protestam contra a falta de professores
Piquete montado por estudantes em greve da FFLCH fecha uma das entradas do prédio dos cursos de Ciências Sociais e Filosofia
Barricadas fecham acesso às salas de aula no prédio de Geografia da FFLCH - USP
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Barricadas em frente às salas de aula são alvo de críticas

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Método de empilhar carteiras em frente às portas é utilizado para evitar que alunos e professores furem a greve aprovada em assembleias

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Na FAU, barricadas fecham espaços utilizados em aulas de desenho e projetos

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Imagens internas da FFLCH, na USP, com piquete montado por estudantes em greve; eles protestam contra a falta de professores

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Piquete montado por estudantes em greve da FFLCH fecha uma das entradas do prédio dos cursos de Ciências Sociais e Filosofia

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Barricadas fecham acesso às salas de aula no prédio de Geografia da FFLCH - USP

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Prédios da USP tem cartazes pedindo por mais professores

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A reivindicação por mais professores é uma das principais pautas da paralisação, ao lado do pedido pelo aumento das bolsas de permanência estudantil. Entre 2014 e 2022, a USP perdeu mais de 900 professores, segundo dados da própria instituição.

Outros temas como a criação de um vestibular indígena, a reposição automática de docentes aposentados e a volta de um auxílio-manutenção para os estudantes da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) também são defendidos pelos alunos.

Reunião de negociação

Nesta segunda-feira (9/10), os estudantes tiveram uma nova reunião de negociação com representantes da reitoria. O encontro, no entanto, não teve grandes avanços em relação ao evento da semana passada.

Os dois lados discutiram temas como o chamado “edital de mérito”, em que as unidades disputam entre si as vagas de contratação de professores, mas não houve acordo sobre o tema.

Os alunos são contrários ao edital, mas o projeto é defendido pela reitoria como uma maneira de buscar docentes que possam ser “lideranças nacionais e internacionais em suas áreas de atuação”.

Segundo a estudante Amanda Coelho, que participou da reunião, a única nova proposta feita pela reitoria envolveu a criação de uma creche no campus da EACH.

“O que a reitoria apresentou como proposta a ser debatida é que eles se comprometem a dar andamento ao tema da creche”, diz Amanda.

Aluna do curso de Letras, ela não acredita que a greve será encerrada nesta segunda.

A estudante diz que a contratação dos 148 professores temporários é importante, mas defende que é preciso garantir que haverá reposição automática dos próximos educadores que se aposentarem para que o problema atual não volte a se repetir.

Ela também afirma que o edital de mérito deixa algumas unidades com déficit de professores e precisa, em suas palavras, ser revogado.

“O problema é que daqui a 3 anos nós vamos encontrar um patamar muito parecido com o de hoje, porque nós continuaremos perdendo docentes e continuaremos repondo docentes sem que eles sejam destinados às unidades que precisam”, afirma Amanda.

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