Unisa expulsa 15 alunos que teriam envolvimento em “punhetaço”
Número coincide com quantidade de pessoas investigadas pela Polícia Civil por causa do incidente apelidado nas redes de “punhetaço”
atualizado
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São Paulo – A Universidade Santo Amaro (Unisa) expulsou até o momento 15 alunos que teriam algum envolvimento com os atos obscenos praticados durante partida de vôlei feminino em São Carlos, em abril deste ano. Na ocasião, estudantes que estavam na arquibancada do ginásio Milton Olaio Filho arriaram as calças e exibiram o pênis. O episódio viralizou nas nas redes no último final de semana e foi apelidado de “punhetaço”.
A Unisa não se manifestou oficialmente sobre as expulsões, nem deu detalhes sobre a participação de cada um dos supostos envolvidos no incidente.
A Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos investiga o ocorrido. O número de expulsos coincide com o número de alunos identificados, de acordo com o delegado João Fernando Baptista. Ele disse ao Metrópoles que as investigações seguem tentando identificar mais suspeitos.
Segundo Baptista, a tipificação do indiciamento dos envolvidos vai depender de “para quem” os estudantes exibiram o pênis.
“É preciso apurar se os atos dos alunos da Unisa foram direcionados às alunas que estavam participando do jogo de vôlei ou se foi uma provocação (ou resposta a uma provocação) para a torcida rival que estava do outro lado da quadra”, diz ele.
“Essa questão é muito importante pois poderá definir se o crime foi de ato obsceno (manifestação de ato sexual em público e sem uma vítima específica) ou de importunação sexual, visto que este é muito mais grave”, conclui o delegado.
Assista:
Responsabilização de veteranos
O delegado João Fernando Baptista disse ainda que a polícia apura o envolvimento de estudantes veteranos no incidente. Segundo relatos de alunos da Unisa que estavam presentes no ginásio, os calouros teriam exibido o pênis obedecendo a uma ordem dos veteranos.
“Se no dia em que ocorreram os fatos aqui em São Carlos ficar comprovado que os calouros foram obrigados de alguma forma, os veteranos também poderão ser responsabilizados”, disse o delegado ao Metrópoles.