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Unisa analisa recursos de alunos expulsos por mostrar pênis em torneio

Advogado da Unisa diz que regra continua sendo expulsão, mas universidade vai rever casos específicos para avaliar se cometeu erros

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foto colorida mostra estudantes de Medicina da Unisa abaixando as calças, em episódio chamado de "punhetaço", durante jogo de vôlei feminino - Metrópoles
1 de 1 foto colorida mostra estudantes de Medicina da Unisa abaixando as calças, em episódio chamado de "punhetaço", durante jogo de vôlei feminino - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – A Universidade Santo Amaro (Unisa) avalia rever expulsões de alunos de medicina acusados de exibir o pênis durante jogo de vôlei feminino realizado em abril deste ano, em São Carlos, no torneio universitário Copa Calo. Nas redes, o episódio foi apelidado de “punhetaço”.

Diante da repercussão do caso, a Unisa expulsou 15 estudantes. Até o momento, 10 deles apresentaram recursos pedindo que a medida seja reavaliada.

Segundo o advogado da Unisa, Marco Aurélio de Carvalho, a posição da universidade continua sendo a de expulsar alunos envolvidos no episódio. No entanto, foi instalada uma comissão de sindicância para apurar os recursos e verificar se erros foram cometidos.

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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino
Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino
Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças
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Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças

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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino

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“Estamos instaurando uma comissão de sindicância. Se ficar comprovado que determinado estudante não estava lá, vamos rever. Não temos compromisso com o erro, vamos rever com alegria se for o caso. Mas, para isso, precisa de um indício mínimo”, disse Marco Aurélio ao Metrópoles.

“A revisão da expulsão será feita apenas e tão somente em casos em que houver indício de não envolvimento. A regra é manter as expulsões”, completa.

Segundo o advogado, a universidade reconhece o prejuízo que um período sem aula pode causar a um aluno que foi expulso injustamente e venha a ser readmitido no futuro. “É exatamente por isso que a Unisa tem o compromisso de agir rapidamente e rever esse tipo de eventual injustiça. Vamos garantir a resposta rápida.”

Marco Aurélio de Carvalho diz que, paralelamente às expulsões, a Unisa dá continuidade ao seu programa de tolerância zero contra o trote, para combater atos de violência e humilhação entre os alunos.

“A Unisa é a única universidade de medicina que tem um programa de tolerância zero contra o trote. Tem campanhas que acontecem desde 2017 em todos os campi. Elas envolvem pais, alunos, veteranos, todos. A Unisa identificou o problema e está tentando resolver o problema”, disse Marco Aurélio de Carvalho.

Assista:

 

Estudantes apagam redes e criticam exposição

Estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa) que exibiram o pênis e simularam masturbação durante um jogo de vôlei feminino em abril deste ano excluíram seus perfis nas redes sociais e estão preocupados com a exposição dos vídeos do episódio.

Colegas de faculdade dos estudantes afirmam que alguns deles deletaram até o WhatsApp, com medo de que suas mensagens fossem grampeadas pela polícia.

Um aluno da Unisa, que prefere não ser identificado, disse ao Metrópoles que os colegas que exibiram o pênis têm se sentido “ridicularizados” diante da exposição dos vídeos do incidente.

“Está todo mundo zombando deles. Em alguns casos, falando até do tamanho do pênis. Tem até deputado postando no Instagram aberto, sem nem borrar a foto. Eles estão se sentindo humilhados. E é uma humilhação mesmo. Querendo ou não, para quem conhece, é fácil reconhecer as pessoas. Se acontecesse comigo, eu provavelmente entraria em depressão”, diz o estudante.

Segundo o aluno de medicina da Unisa, quando os colegas deram a “volta olímpica” pelados, após a partida de vôlei, eles não esperavam que a ação seria filmada. O estudante afirma que é uma tradição na faculdade que os calouros corram pelados no ginásio e que os colegas, “por respeito”, não costumam filmar.

“Quem filmou isso provavelmente foi alguém da comissão organizadora do evento. Porque quem é da faculdade não iria filmar. O pessoal sabe que aquilo é uma coisa delicada e respeita o momento. A gente esperou todo mundo sair do ginásio e, na hora, só estava gente da faculdade”, diz ele.

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