Unifesp suspende salário de Weintraub e sua mulher por faltas
Universidade onde ex-ministro e sua mulher, Daniela Weintraub, dão aulas, suspendeu salários de ambos por não comparecimento ao trabalho
atualizado
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São Paulo – A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) informou que suspendeu os salários do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e sua mulher, Daniela Weintraub, por não comparecimento de ambos ao trabalho e que vem reunindo elementos para possível instauração de procedimento disciplinar contra o casal.
Professores concursados da Unifesp, os Weintraub estão nos Estados Unidos desde abril de 2020. Ele viajou após a divulgação de uma reunião ministerial do governo Jair Bolsonaro (PL) em que ofendeu ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e, quando chegou em solo americano, pediu exoneração do cargo.
“A suspensão do salário de ambos os servidores se deu em razão do não comparecimento ao trabalho, seguindo o que determina a legislação. Há um procedimento interno a ser realizado pela Universidade para poder zerar os parâmetros de salário dos servidores”, disse a Unifesp, por nota.
A universidade informou ainda que “seguiu os fluxos internos institucionais para a apuração dessas ausências, suspendendo, então, de forma preventiva, os salários de Abraham e Daniela Weintraub a partir do mês de abril de 2023, data em que ambos os processos foram instaurados”.
Nas redes socias, o ex-ministro afirmou ser vítima de perseguição política.
Ainda de acordo com a Unifesp, a Ouvidoria da instituição recebeu uma denúncia contra Weintraub em abril e, desde então, “a universidade vem adotando todas as diligências cabíveis para apurar os fatos e colher os documentos necessários para instauração de possível processo administrativo disciplinar, caso haja materialidade”.
A investigação contra o ex-ministro é sigilosa, também segundo a nota da Unifesp.