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Unesp demite professor suspeito de assediar alunas sexualmente

Docente é acusado de assédio sexual por diversas alunas; Unesp concluiu processo administrativo disciplinar e desligou o professor

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Imagem colorida mostra cartazes em uma parede; eles protestam contra um professor da Unesp acusado de assédio - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra cartazes em uma parede; eles protestam contra um professor da Unesp acusado de assédio - Metrópoles - Foto: Arquivo pessoal

São Paulo – O professor Marcelo Magalhães Bulhões, da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, no interior de São Paulo, foi demitido quinta-feira (18/1) após a conclusão de um processo administrativo disciplinar.

Ele é acusado de assédio sexual por diversas alunas. A confirmação da demissão foi publicada na edição desta quinta do Diário Oficial do Estado de São Paulo. O texto cita o artigo 241 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis de SP, que ressalta que servidores devem “proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública”.

Em nota enviada ao Metrópoles, o professor Marcelo Magalhães Bulhões afirmou que o “banner com as acusações feitas pelos alunos é uma montagem, uma peça falsa divulgada com a única intenção de destruir uma reputação. (O indivíduo que afixou os banners hoje responde criminalmente pelo feito). Uma suposta vítima nunca prestou qualquer denúncia – nem de modo anônimo”.

O docente disse ainda que foi inocentado pela própria Unesp em sindicância realizada em 2017. “Ou seja, inocentado, o episódio dos banner fake acendeu o pavio de um linchamento midiático ao meu nome. Não faltaram candidatas para fazer do “caso Bulhões” palanque político.
Uma sindicância foi aberta pela Unesp e, ao seu final, foi declarado que não houve assédio sexual. Mas, em vez de arquivamento do processo, a sindicância decidiu pela abertura de um Processo Administrativo”.

“Não importou a inexistência de vítima, mesmo com o grande incentivo da univesidade a que os alunos denunciassem o ‘assediador’. Não adiantou que nenhuma prova tenha chegado. Era preciso condenar, custasse o que custasse. As militâncias cobravam punição. ‘Sentir-se constrangida’ foi considerado pela comissão o suficiente para a condenação sumária de um professor com 29 anos de universidade”, completou Bulhões.

Três alunas do curso de relações públicas, que não foram identificadas, registraram boletim de ocorrência por importunação sexual na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) contra o professor em julho de 2022. À polícia, elas disseram que, durante as aulas, Bulhões costumava fazer comentários com conotação sexual.

Com isso, uma sindicância independente havia sido aberta em julho de 2022 pela universidade para apurar a conduta do professor. Na ocasião, o relatório apontou o pedido de abertura do processo administrativo contra o docente.

Um grupo de estudantes se manifestou contra a conduta do docente por meio de cartazes dentro do campus, no dia 1º de julho de 2022. O protesto mostrou supostas mensagens que teriam sido enviadas por ele a uma aluna. “A verdade é que nosso desejo não passa”, dizia uma delas. À época, ele negou as acusações.

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Cartazes com denúncia contra professor foram espalhados na Unesp
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Cartazes com denúncia contra professor foram espalhados em universidade

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Cartazes com denúncia contra professor foram espalhados na Unesp

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Em 2017, houve outra denúncia de assédio contra Marcelo Bulhões. Segundo a Unesp, foi instaurada uma apuração preliminar na instituição para investigar o caso contra o professor.

Como procedimento, foi instaurada uma sindicância administrativa, finalizada em 2018. Ainda de acordo com a Unesp, uma comissão sindicante, à época, indicou o arquivamento dos autos com recomendações, tais como instauração de mecanismos para fomentar medidas educativas e elucidativas sobre assédio.

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