“Um inocente está detido”, diz defesa de preso por morte de palmeirense
Após MPSP afirmar que preso por morte de torcedora palmeirense é inocente, defesa diz que vai apresentar habeas corpus pedindo soltura
atualizado
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São Paulo — Os advogados de Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo preso pela morte da palmeirense Gabriela Anelli Marchiano uma briga de torcida em frente ao Allianz Parque, no último sábado (8/7), disseram nesta quarta-feira (12/7) que vão apresentar um habeas corpus pedindo a soltura do cliente.
“Estamos preparando o habeas corpus para que, no que diz respeito ao Leonardo, esse inquérito seja arquivado. E que as investigações prossigam”, afirmou o advogado Renan Bhorrus, em entrevista coletiva.
Na manhã desta quarta, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu a soltura de Leonardo, que foi indiciado por homicídio doloso, e disse que imagens mostram que a garrafa de vidro que atingiu Gabriela foi atirada por um outro torcedor do Flamengo.
O promotor de Justiça Rogério Zagallo disse que o delegado, Cesar Saad, “falou inverdade” ao dizer que o suspeito havia confessado que atirou garrafa contra torcedores do Palmeiras. Em depoimento à polícia, Leonardo disse que atirou apenas pedras de gelo.
Segundo o advogado Thiago Huber, a defesa vai pedir que as testemunhas em que a polícia se baseou para indiciar Leonardo sejam consideradas informantes.
“O doutor Saad se amparou em depoimentos de testemunhas. A defesa se amparou na ausência de vídeos que demonstrem a participação. Oportunamente, a defesa vai pedir que essas pessoas não sejam consideradas testemunhas, sejam consideradas informantes. Porque, naturalmente, elas têm interesse no processo”, disse.
“Não houve mudança de versão. Ele disse apenas que estava ‘no meio da treta’. Mas em nenhum momento ele afirmou para o delegado que tenha jogado qualquer tipo de garrafa nos torcedores do Palmeiras”, completou.
O Ministério Público defendeu que a investigação seja transferida para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A defesa defende que o caso continue com a Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva.