Uber suspende serviço de viagens de moto com passageiros em São Paulo
A empresa Uber suspendeu o serviço de viagens de moto com passageiros na capital paulista e diz que integra grupo da Prefeitura sobre tema
atualizado
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São Paulo – A Uber suspendeu nesta segunda-feira (30/1) a modalidade de viagens de motos com passageiros na capital paulista. A empresa afirma que está no grupo de trabalho da Prefeitura que estuda como implementar o serviço.
“Entendemos que a Prefeitura da cidade ainda necessita de estudos mais aprofundados, que vêm sendo conduzidos por meio de um grupo de trabalho técnico que já conta com a participação da Uber”, afirma a companhia em nota.
A empresa diz que a suspensão foi decidida em “comum acordo” e ressalta ainda que está amparada pela legislação federal que permite o serviço com motocicletas.
Acidentes
“Suspendemos o Uber Moto em São Paulo enquanto continuamos trabalhando diretamente com o executivo municipal à procura de alternativas eficientes e inovadoras para a locomoção das pessoas que circulam na cidade”, informa a companhia.
De acordo com a Uber, em mais de 20 dias de operação do serviço de viagens de motos com passageiros em São Paulo, a plataforma não registrou nenhum acidente.
“Em Recife, onde Uber Moto foi lançado em 2021, houve uma diminuição de acidentes fatais com motociclistas em 39% quando comparado o ano de 2020 com 2021, conforme relatório da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) da cidade”, defende a empresa.
Uber x Prefeitura
A Uber anunciou a modalidade de transporte de passageiros por motos em São Paulo em 5/1. Na ocasião, o Prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a gestão municipal não tinha sido avisada sobre a novidade.
“Nós fomos pegos de surpresa. A Uber não fez nenhum comunicado oficial à Prefeitura de São Paulo”, disse Nunes à época. O prefeito solicitou que o serviço fosse suspenso imediatamente.
A gestão municipal e a responsável pelo aplicativo de viagens se reuniram em 6/1. Ainda assim, o pedido de interrupção foi mantido pela Prefeitura paulistana.
Em 26/1, Ricardo Nunes foi informado em um evento pela a imprensa que a modalidade de transporte continuava ativa no aplicativo.
“Então ela vai sofrer as consequências de desacatar um decreto da Prefeitura de São Paulo, é muito claro. Não quero guerrear com eles, mas se querem guerra com a cidade de São Paulo, eles vão ter”, reagiu o prefeito.