Uber é condenada a indenizar passageira trans que foi expulsa de carro
Decisão cabe recurso. Passageira diz que ela e companheiro, ambos pessoas trans, foram insultados e expulsos de carro de app da Uber
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — A atriz Marina Mathey e seu companheiro, ambos transexuais, processaram a Uber após escutarem insultos e serem expulsos do carro por um motorista do aplicativo. O pedido de indenização no valor solicitado, R$ 20 mil, foi deferido juiz Fernando Antonio de Lima, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de São Paulo.
O caso foi revelado pela Folha de S. Paulo e confirmado pelo Metrópoles.
Em sua decisão, o juiz oficiou que a Polícia Civil investigue se houve crime de transfobia contra a atriz e seu companheiro. O Ministério Público e a Defensoria Pública de São Paulo também foram oficiados para apurar relatos recorrentes de discriminação contra passageiros trans em corridas da Uber.
A decisão cabe recurso. Procurada pelo Metrópoles, a Uber respondeu que, por se tratar de um caso em curso ainda, não irá comentar.
Nas redes sociais, a atriz comemorou a decisão: “Vitória judicial em caso de transfobia e danos morais contra a Uber. É com muita alegria e emoção que compartilho com vocês essa notícia, essa conquista de reparação mínima perante a casos de transfobia que por tantas vezes são desmerecidos, mas não desta vez”, disse. Mathey disse acreditar que decisões como esta dão esperança em meio à tantas violências vividas diariamente.