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“Tropinha de Elite”: curso da PM tem luta e castigo para crianças

Com 27 crianças, curso Tropinha de Elite oferece aulas de defesa pessoal e faz visitas em batalhões da PM no litoral paulista

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Gabriela Pereira/SSP
Iamgem colorida mostra oito crianças, com uniformes da PM, enfileiradas na frente de uma viatura - Metrópoles
1 de 1 Iamgem colorida mostra oito crianças, com uniformes da PM, enfileiradas na frente de uma viatura - Metrópoles - Foto: Gabriela Pereira/SSP

São Paulo – Chamado de “Tropinha de Elite”, um curso da Polícia Militar (PM) para crianças no Guarujá, no litoral paulista, oferece visitas a batalhões, aulas de defesa pessoal e aplica castigos para quem cometer faltas disciplinares.

O projeto foi idealizado pelo sargento da PM Adilson Pinheiro e começou em 2019, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Atualmente, o Tropinha de Elite reúne 27 crianças – entre elas, meninos e meninas de 5 anos – que vivem em diferentes cidades do litoral sul.

“Todos eles gostam da polícia”, afirma o PM que criou o Tropinha de Elite. “Eles almejam ser policiais militares, isso que eu acho legal. A gente ensina brincando.”

No curso, as crianças recebem patentes e aprendem a bater continência. Elas vão “subindo de cargo” conforme demonstram os “valores ensinados”, como obediência aos pais, respeito e compromisso.

Entre as atividades, estão aulas de muay thai e excursões, realizadas uma vez por mês, para conhecer unidades da PM. Também há punições. Se uma criança chegar atrasada, por exemplo, é obrigada a fazer polichinelo.

Tropinha de Elite

As atividades da Tropinha de Elite acontecem dentro da sede da 2ª Companhia do 21º Batalhão da PM. O espaço foi liberado pelo comandante da unidade, de acordo com a pasta estadual.

“Sempre que trazemos a comunidade para a Polícia Militar é positivo. O quartel é para a sociedade, e quando é um projeto social bacana, que vai promover essa interação, a gente sempre vai estar à disposição”, declara o capitão Luiz Carlos Freire.

Entre as participantes, estão filhos de PMs paulistas. “Acredito que o fato delas verem a minha profissão influenciou. Eu não falo muito sobre as ocorrências, mas às vezes elas veem na televisão”, afirma o cabo Cristiano, que tem duas filhas, de 5 e 9 anos, no projeto.

Também há crianças com transtorno do espectro autista no projeto. “A tropinha é um divisor de águas na vida dos meus filhos, uma grande ajuda em relação às terapias. Eles estão aprendendo melhor sobre autoridades, sejam elas militares ou de pai, mãe ou avôs, e sobre limites”, diz a mãe, identificada apenas como Juliane.

A iniciativa foi reverência pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que parabenizou o criador da Tropinha de Elite nas redes sociais. “O projeto oferece atividades gratuitas como aulas de muay thai e ensina muito a quem vê em nossos policiais os verdadeiros heróis”, diz.

“No Dia das Crianças, vale a reflexão: estamos direcionando o olhar delas para os que devem ser os espelhos de conduta? Esse exemplo veio da Baixada Santista, onde a população admira aqueles que estão dispostos a dar a vida para a proteção de todos”.

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