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Treze policiais são afastados em caso de PM que jogou homem de ponte

A SSP afastou treze policiais militares envolvidos no caso em que um PM jogou um homem de uma ponte na zona sul de SP

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1 de 1 pm-corrego - Foto: Reprodução

São Paulo — A Secretaria da Segurança Pública (SSP) determinou nesta terça-feira (3/12) o afastamento imediato de 13 policiais militares envolvidos no caso em que um agente da corporação jogou um homem em um córrego do alto de uma ponte em Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo (veja vídeo abaixo). Um vídeo flagrou o momento, que aconteceu na madrugada dessa segunda-feira (2/12).

“A instituição repudia veementemente a conduta ilegal e instaurou um inquérito para apurar os fatos e responsabilizar todos os agentes”, afirma a nota da pasta.

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PM joga homem de ponte no bairro Cidade Ademar, zona sul de São Paulo
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Nesta terça-feira (3/12), o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, divulgou um vídeo em que anuncia o afastamento dos agentes envolvidos no caso. Derrite também condenou a ação policial.

“Quero dizer para todos vocês que essa ação não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da Polícia Militar e eu determinei ao comando da Polícia Militar o afastamento imediato de todos os policiais envolvidos nessa ação”, afirmou Guilherme Derrite. “Não vamos tolerar nenhum tipo de desvio de conduta de nenhum policial no Estado de São Paulo.”

O secretário ainda afirmou que, a partir desta terça, os agentes envolvidos vão cumprir o expediente administrativo na Corregedoria da Polícia Militar até que todos os procedimentos investigativos sejam esclarecidos e sanados.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manifestou-se sobre o caso em uma publicação no X (antigo Twitter). Segundo Tarcísio, o caso será investigado e rigorosamente punido.

Entenda o caso

Nas imagens que flagraram a conduta dos policiais, é possível ver três agentes da PM na ponte. Um deles levanta uma moto do chão e a encosta na mureta. Um quarto policial aparece segurando pelas costas um homem vestido com camiseta azul. Em questão de segundos, o militar levanta o homem pelas pernas e o joga do alto da ponte, sob a qual passa um córrego.

Assista:

Outro vídeo mostra o corpo de um homem também vestido de azul, de bruços, boiando no córrego. Não há confirmação se o corpo é o mesmo do homem jogado pelo PM.

Veja:

Os agentes seriam do 24º Batalhão da PM de Diadema, na Grande São Paulo, e teriam perseguido a moto até a Cidade Ademar. O agente que jogou o homem é das Rondas Ostensivas com Apoio de Motos (Rocam).

Embora questionada, a SSP não divulgou informações sobre a vítima. O espaço permanece aberto.

Imagens “estarrecedoras”, diz MPSP

O procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, publicou uma nota nesta terça-feira na qual classifica como “estarrecedoras” e “absolutamente inadmissíveis” as imagens que flagraram a conduta do policial militar.

A nota classifica o caso como mais um dos “episódios recorrentes de descumprimento dos comandos legais por parte de alguns agentes públicos”. Segundo o procurador-geral, essas ocorrências “nos deixam mais longe da tão almejada paz social”.

“Estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis! Não há outra forma de classificar as imagens do momento no qual um policial militar atira um homem do alto de uma ponte, nesta segunda-feira”, afirma Paulo Sérgio de Oliveira e Costa. “Somente dentro dos limites da lei se faz segurança pública, nunca fora deles.”

De acordo com a nota pública, a Procuradoria-Geral de Justiça determinará, ainda nesta terça, que o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp) associe-se ao promotor do caso “para que o MPSP [Ministério Público do Estado de São Paulo] envide todos os esforços no sentido de punir exemplarmente, ao fim da persecução penal, os responsáveis por uma intervenção policial que está muito longe de tranquilizar a população”.

Paulo Sérgio de Oliveira e Costa ainda afirma que, com base no registro, fica evidente que o suspeito já estava dominado pelos agentes de segurança, “que tinham o dever funcional de conduzi-lo, intacto, a um distrito policial para que a ocorrência fosse lavrada”.

Conforme declarou o procurador-geral de Justiça do estado, “o Ministério Público, dentro de sua atribuição de exercer o controle externo da atividade policial, continuará atuando de maneira inequívoca, cobrando das autoridades a observância dos preceitos da Constituição Federal”.

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