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Três são presos sob suspeita de matar ator que teve corpo carbonizado

Metrópoles apurou que a motivação do crime contra o ator e drag Yago França, cujo corpo foi carbonizado, seria religiosa e não homofóbica

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1 de 1 rsz_1yago1 - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – A polícia prendeu na manhã desta sexta-feira (17/3) três suspeitos de envolvimento no assassinato do ator Yago Henrique França, de 29 anos. A reportagem apurou que a motivação do crime foi religiosa e não homofóbica.

O ator, drag queen e tarólogo desapareceu após sair para um encontro marcado por aplicativo de relacionamento, na noite do último dia 27 de fevereiro.

O corpo dele foi encontrado parcialmente carbonizado no dia 1º de março e reconhecido pela mãe no dia 7, por causa de tatuagens alusivas ao universo Harry Potter.

Yago morava com os pais em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O Setor de Homicídios da cidade investiga o caso.

O Metrópoles apurou que as três prisões ocorreram na região do Capão Redondo, zona sul da capital paulista, para onde Yago foi no último dia em que foi visto com vida, em uma cerimônia de Umbanda.

Ele se encontrou na ocasião com a amiga Lunna Black, com quem mantinha um projeto que levava a arte drag queen para a periferia da capital paulista.

Lunna está entre os três presos. Ao todo, a polícia já identificou quatro pessoas que estariam envolvidas com a morte do jovem.

Os três suspeitos detidos estão neste momento no Setor de Homicídios de São Bernardo do Campo, para prestar depoimento.

Mais detalhes sobre o caso serão publicados no decorrer desta sexta-feira.

Lunna Black (esq) e Yago França, montado como a drag Amélia Lovett

O caso

Yago era filho único. Ele foi velado e sepultado no Cemitério da Vila Mariana, no dia 9.

Em sua última conversa com a amiga Lunna Black, de 30 anos, o ator afirmou que iria para um encontro amoroso, marcado com um rapaz de Embu Guaçu, na Grande São Paulo. A última mensagem trocada entre ambos foi enviada às 19h59 do último dia 27, pouco antes de Yago ficar incomunicável.

O encontro iria ocorrer durante o retorno de Yago para casa, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Antes disso, ele se encontrou com Lunna, na zona sul paulistana, em uma cerimônia de umbanda. Ambos se conheceram em um curso de formação de drag queens, em 2016.

Segundo familiares, Yago afirmou que retornaria para casa até o horário do jantar, o que não aconteceu. O corpo dele foi localizado a cerca de 65 quilômetros de distância de onde morava, parcialmente carbonizado, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

A investigação do caso foi primeiramente assumida pela Polícia Civil de Taboão da Serra, que registrou o caso como “morte suspeita”. O delegado Luiz Hellmeister afirmou ao Metrópoles, ainda nessa quinta-feira (8/3), que iria remeter o caso para a polícia de São Bernardo do Campo. “Lá era onde ele morava e onde se deu o desaparecimento”, explicou.

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