Trem com passageiros descarrila de novo na Linha 8, sem feridos
É a sexta vez que um trem da ViaMobilidade descarrila desde que empresa assumiu controle das Linhas 8 e 9 que eram da CPTM
atualizado
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São Paulo – Pela sexta vez desde que a ViaMobilidade assumiu o concessão das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da rede de trens de São Paulo, em janeiro do ano passado, um trem saiu dos trilhos paralisando parcialmente a operação na Linha 8. Desta vez, o acidente foi às 10h02 deste sábado (18/3) em uma composição que seguia no sentido Itapevi, pouco depois da Estação Engenheiro Cardoso.
Segundo a empresa, o acidente não deixou feridos. Os trens entre as estações Itapevi e Sagrado Coração estão circulando em um único trilho, cada sentido de uma vez, o que causa intervalos maiores em toda a linha, até a Estação Barueri.
Ainda de acordo com a ViaMobilidade, o acidente ocorreu “em decorrência de falha em equipamento de via” e que após o descarrilamento houve “imediato acionamento dos sistemas de segurança”.
“Não houve feridos e todos os passageiros desembarcaram em segurança e foram conduzidos à Estação Itapevi com o auxílio dos Agentes de Atendimento e Segurança (AAS)”, afirma a empresa.
O Ministério Público de São Paulo investiga a empresa e vinha fazendo pressões para que a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) suspendesse o contrato de concessão do governo com a ViaMobilidade devido à série de acidentes que vêm ocorrendo desde que a companhia assumiu as linhas.
A ViaMobilidade, porém, anunciou um plano de investimentos de R$ 600 milhões na recuperação da linha, além dos R$ 3,6 bilhões que já havia se comprometido a investir quando assumiu a concessão.
Segundo a empresa, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), estatal que administrava as duas linhas, teria deixado trens mais antigos e com manutenção preventiva atrasada para a empresa, o que causaria acidentes.
O sindicato que representa os funcionários, no entanto, argumentam que há falta de pessoal para operação e manutenção das linhas.
As declarações da ViaMobilidade fizeram Tarcísio de posicionar a favor da companhia, que pertence ao Grupo CCR, na disputa com o MPSP.
Além disso, Tarcísio foi eleito com uma plataforma de ampliação de concessões públicas, e tal recuo seria um movimento contrário a suas promessas.