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Governo Tarcísio transfere 161 presos após rebelião em Franco da Rocha

SAP não detalhou para que unidade no interior do estado detentos foram transferidos. Rebelião em Franco da Rocha ocorreu no sábado (20/7)

atualizado

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Imagem colorida de pátio de cadeia, lençóis foram usados para formar as letras das palavras "contra repressão PCC" - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de pátio de cadeia, lençóis foram usados para formar as letras das palavras "contra repressão PCC" - Metrópoles - Foto: Reprodução/GloboNews

São Paulo — Após a rebelião na Penitenciária 1 de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, ocorrida no sábado (20/7), 161 detentos da unidade foram transferidos nessa segunda-feira (22/7) para o interior do estado. Os presos teriam sido identificados como participantes do episódio de “insubordinação”.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), as transferências ocorreram para promover “sanção disciplinar” aos detentos. A pasta não informou para onde eles foram transferidos.

No sábado, dezenas de detentos incendiaram colchões e exibiram cartazes com frases como “Abaixo à repressão” e “Fora atual diretoria”. Com lençóis, eles escreveram “PCC” no pátio.

O Grupo de Intervenção Rápida (GIR), formado por agentes penitenciários, precisou intervir. Balas de borracha foram disparadas para conter a rebelião.

Em um primeiro momento, a SAP divulgou que três pessoas tinham se ferido. Nesta terça (23/7), o número foi atualizado para cinco. Segundo a pasta, um dos cinco presos internados já recebeu alta e seguiu com parte dos 161 presos que foram transferidos para cumprimento de sanção disciplinar prevista na Lei de Execução Penal por participação ativa no motim.

A secretaria disse ainda que o destino dos detentos não é informado por questão de segurança. Outros quatro custodiados seguem internados.

“Barril de pólvora”

Fontes ouvidas pelo Metrópoles afirmam que o clima na Penitenciária 1 de Franco da Rocha ficou mais tenso na semana passada, após uma troca de presos o Centro de Progressão Penitenciária do Butantan.

Uma das maiores insatisfações dos presos seria os supostos 20 dias em regime de isolamento após transferência.

O Sindicado dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) publicou no seu site um texto em que diz que a rebelião “é tragédia anunciada”. A nota também destacou uma escalada da violência contra os servidores.

“E com o assustador número de 18 fugas do regime semiaberto somente entre dezembro de 2023 e maio de 2024, pela primeira vez depois de quatro anos um presídio paulista registra uma rebelião. A situação, longe de ser um ponto fora da curva, é o resultado da inércia de várias gestões do governo estadual, que ignora os alertas e coloca em risco a vida de servidores e da população”, aponta a entidade.

Uma semana antes da rebelião em Franco da Rocha, entre os dias 13 e 15 de julho, sete presos fugiram do Centro de Progressão de Pena (CPP) do Butanan, na zona oeste de São Paulo. A unidade prisional também teve um motim e as visitas suspensas.

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