Traficante da peruca vendia drogas na frente do prédio da Secretaria de Segurança
Flagrado usando uma peruca loira como disfarce, João Vitor Emboava Araújo, de 25 anos, já foi condenado por tráfico de drogas em 2021
atualizado
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São Paulo – Acusado de usar uma peruca loira para se disfarçar e atuar como “disciplina” na Cracolândia, organizando o tráfico na região central de São Paulo, João Vitor Emboava Araújo, de 25 anos, já foi condenado por vender drogas na frente do prédio da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
João Vitor (foto em destaque) foi um dos alvos da operação da Polícia Civil que prendeu sete pessoas suspeitas de atuar na Cracolândia, no centro da capital paulista, na tarde de terça-feira (8/8). A investigação começou no dia 1º e monitorou as atividades na região, dominada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo a polícia, o “disciplina” seria responsável por resolver conflitos e ditar as regras para os dependentes químicos que frequentam o “fluxo”, como é chamada a concentração de usuários de drogas naquela área.
Em agosto de 2020, policiais militares já haviam prendido João Vitor, em flagrante, na Praça Ouvidor Pacheco e Silva, também na região central. A praça está localizada na frente da sede da SSP. Na ocasião, ele foi pego às 15h20, praticando o crime em plena luz do dia, e confessou na delegacia que era traficante.
Tráfico de drogas
A prisão de 2020 foi registrada no 1º Distrito Policial (Sé). Segundo o boletim de ocorrência, obtido pelo Metrópoles, João Vitor e um comparsa, ambos moradores de rua, escondiam a droga atrás de uma lixeira e embaixo do deck de madeira instalado na praça, bem em frente à sede da SSP.
Os PMs o abordaram após receber uma denúncia pelo 190 e identificar que as características de João Vitor condiziam com o relatado. Apesar de fazer calor, ele vestia touca e sobretudo naquele dia.
Com o traficante, os PMs encontraram seis frascos de lança-perfume, três porções de maconha e R$ 106, em notas guardadas na meia. Já o comparsa estava com quatro papelotes de cocaína e cinco de maconha.
O flagrante foi convertido em prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). João Vitor já havia respondido a um inquérito por furto em um supermercado de Taubaté, sua cidade natal, praticado em 2017.
Pelo tráfico de drogas na frente da SSP, ele foi condenado a dois anos e seis meses de prisão, em regime semi-aberto. Em março de 2021, a Defensoria Pública apelou da sentença e conseguiu reduzir a pena para um ano e oito meses, em regime aberto.
Cracolândia
Nesta semana, a nova operação na Cracolândia prendeu Danilo Hernandes Cmargo, apontado como “capitão do mato” de João Vitor. A polícia afirma que ele seria responsável por “impor o terror” aos usuários. Ele portava um simulacro de arma de fogo.
Além deles, também foram detidos Paulo Roberto de Souza Oliveira, Jonathan Henrique Souza Oliveira, Carlos Acácio Ferreira da Silva, Orlando Pereira da Silva e Larissa de Souza Lima Silva.