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Tortura com maçarico: namorado de influencer nega agressões, mas admite golpe de R$ 41 mil

Namorado da influencer Vitória Guarizo, Gabriel Meneses admite à Polícia Civil que tirou dinheiro a mais de vítima e nega violência

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Montagem com duas fotos coloridas. À esquerda, está Vitória Guarizo. À direita, Gabriel Meneses - Metrópoles
1 de 1 Montagem com duas fotos coloridas. À esquerda, está Vitória Guarizo. À direita, Gabriel Meneses - Metrópoles - Foto: Reprodução/Polícia Civil

São Paulo – O modelo Gabriel Duarte de Meneses, de 29 anos, que é acusado de torturar e roubar R$ 41 mil de um homem em São Paulo, admitiu em novo depoimento à Polícia Civil que atua como garoto de programa, tentou aplicar um golpe na vítima, mas negou que a tenha agredido. Ele e a namorada, a influencer Vitória Guarizo Demito, 25, estão presos desde o dia 25 de julho.

No seu primeiro interrogatório, Gabriel optou por ficar em silêncio. Em novo depoimento, prestado no último dia 4 e obtido pelo Metrópoles, o suspeito contestou a versão da vítima, alegou ter sido contratado por R$ 900 para fazer sexo em grupo e afirmou que o homem “chegou drogado” ao local do programa.

No interrogatório, Gabriel confessa que se aproveitou da situação para conseguir mais dinheiro e realizou duas transferências bancárias, de R$ 19 mil e R$ 21 mil, para sua conta pessoal. As transações teriam sido autorizadas pelo cliente, que estava sob efeito de entorpecentes, e ainda teria deixado um relógio no apartamento.

“A ideia do interrogando era negociar com o mesmo [vítima], ou seja, entregar o relógio e uma parte do dinheiro, ficando com outra parte”, consta no depoimento. “Reconhece que errou ao pegar o dinheiro a mais do combinado inicial, porém não é verdade que para isso tenha se utilizado de violência”.

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Perfil é atribuído à influencer Vitória pela Polícia Civil
Segundo a investigação, o telefone anunciado é o mesmo da influencer
Perfil de acompanhante também usava fotos da influencer
Vitória Guarizo Demito
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Influencer e modelo trans Vitória Guarizo Demito, presa por roubar e torturar homem em SP

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Perfil é atribuído à influencer Vitória pela Polícia Civil

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Segundo a investigação, o telefone anunciado é o mesmo da influencer

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‘Lesões leves’

O caso aconteceu no dia 18 de maio. Na delegacia, o homem afirmou que foi vítima de roubo após ser atraído para um falso encontro com Vitória em um apartamento no Morumbi, na zona sul da capital paulista.

Na ocasião, ele teria sido surpreendido por mais dois comparsas da influencer, agredido, dopado e obrigado a realizar uma série de transferências bancárias. Segundo afirma, a sessão de tortura envolveu queimaduras de maçarico, ameaças de estupro e intimidações de um agressor, que dizia ser do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Laudo do Instituto Médico Legal (IML), obtido pelo Metrópoles, constatou a presença de quatro hematomas e duas escoriações na vítima. O médico legista, no entanto, concluiu que se tratavam de “lesões corporais de natureza leve”, provocadas por agente contundente.

Vitória e Gabriel alegam no inquérito que a vítima havia pedido para apanhar, por prazer, durante o programa.

Denúncia

Na quarta-feira (9/8), a promotora Cristiane Melilo Dilascio dos Santos, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), decidiu denunciar o casal por associação e tráfico de drogas – crimes que podem chegar a até 25 anos de prisão, considerando a pena máxima. O inquérito que investiga o roubo, entretanto, segue em andamento, ainda sem conclusão.

De acordo com a denúncia, Vitória e Gabriel guardavam e armazenavam, sem autorização, 17 comprimidos de ecstasy, sete porções de maconha, dois potes de cocaína e uma porção de haxixe no momento da prisão. Com a influencer, também foram encontrados quase 300 comprimidos, incluindo remédios controlados, que ela alega ser de uso pessoal.

“Indagados, os denunciados não esclareceram o modo de aquisição dos produtos e tampouco apresentaram qualquer tipo de receituário ou prescrição médica dos remédios, inclusive descritos como psicotrópicos e entorpecentes, localizados em número e diversidade incompatível como de consumo próprio”, registrou a promotora.

“A grande quantidade e variedade de drogas, a forma de acondicionamento – em pequenas porções, as circunstâncias da prisão, o encontro de muitos comprimidos de psicotrópicos, tudo evidencia a prática da mercancia dos tóxicos em atividade associada”, escreveu.

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