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Torcida é restrita em jogos universitários após caso de homofobia

Comunicado postado nas redes sociais divulgou punições à torcida do Mackenzie por caso de homofobia contra atleta da USP no último Juca

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Reprodução/ Arquivo pessoal
Imagem colorida de quadra de vôlei onde ocorreu caso de homofobia por parte de uma torcida - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de quadra de vôlei onde ocorreu caso de homofobia por parte de uma torcida - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Arquivo pessoal

São Paulo — A Liga Atlética Acadêmica de Comunicações e Artes (LAACA) confirmou que a torcida da Atlética do do Mackenzie não poderá estar presente em eventuais confrontos diretos contra a ECA-USP na próxima edição dos Jogos Universitários de Comunicação e Arte (Juca).

A responsável pela organização do torneio publicou nessa quinta-feira (13/6) um comunicado com as medidas tomadas a respeito do caso de homofobia registrado na última edição do torneio em partida de vôlei disputada entre ECA-USP e Mackenzie.

Além disso, os integrantes do coletivo serão obrigados a realizar um curso de letramento LGBTQIAP+. A organização ainda determinou que a atlética contribua com doações à ONGs voltadas à causa.

Ainda de acordo com a nota oficial, a organização do Juca disse que puniu, no dia do ocorrido, o Mackenzie em cinco pontos na tabela geral do campeonato. A decisão foi tomada “tendo em vista as informações contidas no momento”.

A LAACA afirmou que continuou apurando o caso e manteve contato com as duas atléticas envolvidas e com a vítima.

O Mackenzie foi comunicado sobre a punições.

A organizadora do Juca ainda assegura que atos discriminatórios não serão tolerados e que “a luta por espaço de inclusão, respeito e diversidade é diária”.

Gritos de “viado” da torcida

Durante uma partida de vôlei entre ECA-USP e Mackenzie, válida pelo torneio, um aluno uspiano relatou ter recebido ataques com gritos homofóbicos, como “viado”.

Ao Metrópoles, a vítima, que preferiu não se identificar, afirmou que os ataques começaram no início da partida e eram feitos por uma pessoa da torcida adversária.

Em um determinado momento da partida, a vítima relatou os ataques aos representantes do jogo, que incluíam o presidente esportivo do Mackenzie.

Segundo ele, uma ação só foi tomada quando a agressões verbais foram levadas ao árbitro do jogo. Foi então que o técnico do time adversário chamou a atenção da própria torcida sobre as ofensas.

Após a partida, o presidente esportivo da Atlética Tubamack (coletivo de atletas do Mackenzie) teria questionado a vítima se ela “tinha certeza” de ter escutado os gritos homofóbicos.

Notas oficiais

À época, a Tubamack chegou a se posicionar nas redes sociais, mas a postagem foi tirada do ar do perfil oficial no dia seguinte. A manifestação admitia a ocorrência de agressões homofóbicas, mas dizia que não foi possível identificar o autor dos ataques.

O grupo afirmava ter se colocado à disposição da vítima. Porém, à reportagem, o atleta disse não ter recebido apoio da Atlética.

A Tubamack afirmou que repudia qualquer crime “especialmente aqueles motivados por preconceito”.

A ECAtlética (coletivo da ECA) também emitiu um comunicado. Nele, o coletivo cobrava a organização por punições mais severas para casos de preconceito e agressões.

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