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Torcedor do Flamengo deixa a prisão após decisão da Justiça de SP

Justiça acatou pedido do MP, que alega que a morte da torcedora palmeirense não foi causada por garrafa arremessada por torcedor

atualizado

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Torcedor Flamengo solto SP
1 de 1 Torcedor Flamengo solto SP - Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo – Após determinação da Justiça, o torcedor do Flamengo Leonardo Felipe Xavier Santiago foi solto no final da tarde desta quarta-feira (12/7) do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, em São Paulo.

Ele tinha sido preso no sábado (8/7) suspeito de ter arremessado uma garrafa que teria atingido e causado a morte da torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli Marchiano, de 23 anos, nas imediações do Allianz Parque, em São Paulo.

A Justiça acatou o pedido do Ministério Público de São Paulo, no qual alega que não foi Leonardo quem atirou a garrafa. De acordo com o promotor Rogério Leão Zagallo, imagens da briga de torcida indicam que a garrafa foi arremessada por outro torcedor do Flamengo, de barba e camiseta cinza.

No pedido, Rogério Zagallo diz que as imagens mostram esse torcedor de barba atirando uma garrafa pelo vão entre os tapumes que separavam as torcidas na rua Padre Tomás. Segundo o promotor, teria sido esse homem, cujas características não batem com as de Leonardo, o responsável por jogar a garrafa que feriu Gabriela.

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Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo, deixa a prisão em SP
 Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo preso em SP
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Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo, deixa a prisão em SP

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Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo, deixa a prisão em SP

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Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo preso em SP

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Leonardo tinha sido indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por homicídio doloso consumado. Segundo a polícia, ele teria admitido, de maneira informal, ter atirado garrafas contra torcedores do Palmeiras durante a confusão e, em depoimento, teria mudado de versão.

No pedido de soltura, o promotor apontou inconsistências no trabalho do delegado responsável pelo caso, Cesar Saad, e pediu que a investigação seja transferida da Delegacia de Repressão ao Delito Esportivo para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

“Diante da postura estranha do delegado de polícia César Saad, que afirmou perante a imprensa uma inverdade, o departamento que ele coordena demonstrou não estar preparado para uma investigação desta envergadura e complexidade. Sua isenção e imparcialidade restaram comprometidas, infelizmente”, disse Rogério Zagallo.

Suspeito não confessou

Em seu despacho, a juíza Marcela Raia de Sant’Anna corroborou as palavras do promotor. “Ocorre que, ao contrário do noticiado e afirmado pelo Delegado de Polícia, o autuado não confessou ter arremessado a garrafa contra os torcedores do time adversário. Com efeito, em seu interrogatório, negou que tivesse jogado qualquer objeto de vidro contra os torcedores palmeirenses, afirmado que tinha pedras de gelo nas mãos, as quais arremessou em revide a rojões que os palmeirenses teriam jogado contra os flamenguistas”, escreveu.

“Tudo indica, portanto, que a garrafa que vitimou fatalmente Gabriela foi arremessada por outra pessoa que não o autuado, o que enseja a imediata revogação de sua prisão preventiva, com o prosseguimento das investigações para que o verdadeiro autor seja identificado, bem como para que eventual participação do autuado seja apurada”, prosseguiu a juíza.

Além de revogar a prisão de Leonardo, a juíza determinou que as investigações sobre o caso sejam feitas, daqui para a frente, pelo DHPP.

O advogado de Leonardo, Thiago Huber, afirmou que “um inocente” foi preso. “Não houve mudança de versão. Ele disse apenas que estava ‘no meio da treta’. Mas em nenhum momento ele afirmou para o delegado que tenha jogado qualquer tipo de garrafa nos torcedores do Palmeiras”, disse.

Corte na jugular

Gabriela morreu na manhã de segunda-feira (10/7) em decorrência de um corte na jugular provocado por estilhaços de uma garrafa arremessada no entorno do Allianz Parque, em Perdizes, zona oeste de São Paulo.

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Torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, 23 anos, morta após ser atingida por estilhaços de uma garrafa em SP
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras
Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP
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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, 23 anos, morta após ser atingida por estilhaços de uma garrafa em SP

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após ser ferida em briga das torcidas de Flamengo e Palmeiras

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP

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Torcedora palmeirense Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em frente ao Allianz Parque (na foto com o irmão, Felipe Anelli)

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Torcedora Gabriela Anelli Marchiano, morta após briga de torcidas em SP; enquanto estava internada, família pediu doações de sangue

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Nota de pesar do Palmeiras após morte da torcedora Gabriela Anelli Marchiano

A jovem torcedora foi enterrada nessa terça-feira (11) sob aplausos e cantos da torcida palmeirense.

Uma gravação feita por um torcedor do Palmeiras registrou o momento em que Gabriela é socorrida após ser alvo dos estilhaços de uma garrafa (veja abaixo). No vídeo, a torcedora aparece caída no chão desacordada.

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