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TJSP suspende porte de arma do Delegado Da Cunha após agressão à ex

Justiça determinou cinco dias para que o deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP) entregue espontaneamente suas armas à polícia

atualizado

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***Delegado da Cunha
1 de 1 ***Delegado da Cunha - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – O desembargador Ivo de Almeida, da 1ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), suspendeu a posse e o porte de arma do deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado Da Cunha (foto em destaque).

O parlamentar tem cinco dias para entregar suas armas às polícias Civil ou Federal, contados a partir do dia da decisão judicial, publicada nessa quarta-feira (8/11), e à qual o Metrópoles teve acesso.

Entre os argumentos defendidos pelo magistrado para que Da Cunha entregue as armas está “a postura extremamente violenta e agressiva do acusado, potencializada pelo manejo notório de armas de fogo”.

O deputado já teria manuseado armas de fogo, de acordo com a Justiça, na presença dos filhos dele, que ainda são crianças.

Da Cunha, como mostrado pelo Metrópoles, foi acusado pela esposa de espancá-la e bater a cabeça dela na parede, até a mulher desmaiar, no apartamento em que o casal vivia em Santos, no litoral paulista, em 14 de outubro. Ele nega.

Contra o deputado foi expedida uma medida protetiva para que ele não se aproxime da ex-companheira e não entre em contato com ela, inclusive por meio de mensagens ou redes sociais. O caso corre em segredo de Justiça.

“Nesse cenário, é imperativo que o acusado, ora agravado, entregue todas as suas armas”, afirma o desembargador em sua decisão.

A defesa de Da Cunha não havia sido localizada até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

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O deputado federal Delegado da Cunha em vídeo publicado na internet
Da Cunha alega que há ciúme em relação ao seu sucesso na corporação
Delegado já foi afastado das ruas por ter chamado policiais de "ratos"
Carlos Alberto da Cunha tem de 43 anos,
Deputado Delegado Da Cunha
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Sucesso no YouTube, delegado Da Cunha têm mais de 3 milhões de seguidores

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Da Cunha alega que há ciúme em relação ao seu sucesso na corporação

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Violência doméstica

No boletim de ocorrência registrado contra o agora ex-companheiro, a nutricionista Betina Raísa Grusiecki Marques, de 28 anos, relata que o Delegado Da Cunha a xingou após consumir bebida alcoólica e discutir com ela. O caso aconteceu por volta das 21h20 do dia 10 de outubro, um sábado.

“Putinha, não serve para nada, lixo”, teria dito o deputado, de acordo com o registro na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos.

Em seguida, o Delegado Da Cunha teria passado a apertar o pescoço de Betina e a bater a cabeça dela na parede. A vítima desmaiou. Ao acordar, as agressões teriam recomeçado.

Medida protetiva

Betina afirma que tentou se defender jogando um secador de cabelo na cabeça do deputado federal. Da Cunha teria batido a cabeça dela novamente na parede e a ameaçado.

“Vou encher de tiros a sua cabeça. Vou te matar e vou matar sua mãe”, é a frase atribuída ao agressor. Na DDM, Betina também relatou que o Delegado Da Cunha já havia agredido outra ex-companheira.

O deputado teria, ainda, quebrado os óculos de Betina e jogado cloro nas suas roupas (assista abaixo). Segundo a mulher, o casal vivia em união estável há três anos.

A vítima solicitou medida protetiva de urgência. No boletim de ocorrência, a Polícia Civil, corporação da qual Da Cunha faz parte, registrou que ela não apresentou testemunhas do fato.

 

Discussão

Ao prestar depoimento, o Delegado Da Cunha confirmou ter ciência da medida protetiva contra ele e afirmou que, “para evitar novos conflitos”, decidiu se mudar definitivamente para a cidade de São Paulo.

O deputado federal também declarou que estaria “disposto a ressarcir eventuais danos materiais causados, com relação a artigos de vestuário de Betina”.

Em nota, Da Cunha “nega veementemente que tenha agredido sua companheira”.

“Houve uma discussão, em meio a comemoração de seu aniversário, mas em nenhum momento ocorreu qualquer tipo de violência física de sua parte. Os fatos ficarão comprovados no decorrer do inquérito”, diz o comunicado.

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