TJSP restabelece salário de PM que matou campeão de jiu-jítsu
TJSP confirmou liminar anterior e determinou o pagamento de salário integral ao PM que matou o lutador de jiu-jítsu Leandro Lo em 2022
atualizado
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São Paulo — O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o pagamento de salário integral ao tenente Henrique Otávio Oliveira Velozo, acusado de matar o campeão de jiu-jítsu Leandro Lo, no Clube Sírio, em agosto do ano passado.
A decisão foi tomada pelo juiz Márcio Ferraz Nunes, da 16ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, e confirma liminar obtida anteriormente pela defesa do PM. Segundo o magistrado, o estado de São Paulo deverá pagar os salários do policial até que a ação transite em julgado, além dos retroativos desde agosto.
O advogado do PM, Tiago Binati, afirmou que retirar os salários de Velozo seria uma condenação antecipada, o que é vedado pela Constituição.
Em recurso anterior, o governo estadual alegou que Velozo e seus dependentes têm a possibilidade de receber o auxílio reclusão, o que, segundo o estado, corresponderia ao salário do policial militar.
Crime
Campeão mundial de jiu-jítsu, Lo foi baleado na cabeça e morto por Velozo.
Segundo o boletim de ocorrência, depois de uma discussão, o PM foi até a mesa do lutador com uma garrafa na mão. Lo então tirou a garrafa de Velozo, que foi derrubado e imobilizado.
Os amigos de Lo tentaram separar os dois e pediram para que encerrassem a briga, mas o PM deu a volta na mesa, sacou a arma e atirou contra o lado esquerdo da cabeça do lutador.