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TJSP mantém pena de homem que matou e amarrou tia com coleira de cão

Rapaz foi condenado a 30 anos de prisão pelo TJSP; idosa foi assassinada na sua casa, em Santos, pelo sobrinho, em julho de 2022

atualizado

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Imagem colorida mostra portão de uma casa com muro de azulejos brancos onde idosa foi encontrada morta; ela foi assassinada pelo próprio sobrinho em julho de 2022; rapaz foi condenado pelo TJSP a 30 anos de prisão - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra portão de uma casa com muro de azulejos brancos onde idosa foi encontrada morta; ela foi assassinada pelo próprio sobrinho em julho de 2022; rapaz foi condenado pelo TJSP a 30 anos de prisão - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) negou nesta quarta-feira (10/7) o recurso da defesa de Chrystian Luiz Ayres Pontes, acusado de matar a própria tia, Neide Candida Ayres, de 81 anos, e amarrá-la com uma coleira de cachorro em Santos, no litoral de São Paulo.

Ele foi condenado a 30 anos de prisão pelo crime cometido na madrugada do dia 31 de de julho de 2022, um dia após o aniversário de Neide.

O caso chocou Santos, onde residia a vítima e o suspeito. Os advogados de Chrystian Luiz Ayres Pontes entraram neste ano com um recurso solicitando um novo julgamento, sob alegação de que a decisão não considerou as provas dos autos. Por unanimidade, a prisão preventiva e a condenação de 30 anos de detenção foi mantida.

Procurado pela reportagem, o advogado Fabio Hypolitto, que representa a defesa de Chrystian, avaliou o caso como complexo e pediu uma pena justa ao seu cliente.

“Durante o julgamento, ficou claro que o acusado reconheceu plenamente a gravidade de seus atos e expressou um profundo arrependimento pelo que aconteceu. O acusado entende o impacto devastador que suas ações tiveram e está comprometido em enfrentar as consequências legais de seus atos diante de uma pena justa, na qual a defesa busca. É crucial lembrar que este é um caso complexo, onde sentimentos de luto e de perda se misturam com um sistema legal que busca equilibrar justiça e compreensão. Respeitamos o processo judicial e os envolvidos por sua diligência e imparcialidade”.

No documento da decisão do TJSP, obtido pelo Metrópoles, o relator Aguinaldo de Freitas Filho destacou que os motivos que ensejaram o decreto da prisão preventiva são idôneos. Estão lá os relatos de quatro testemunhas, entre elas, o policial civil da Delegacia de Homicídios que compareceu ao local dos fatos. “No local do crime, foi encontrada com uma coleira de cachorro na boca. Ela apresentava lesões no rosto, indicativas de luta corporal e defesa”, descreveu. “Não há qualquer motivo para determinar sua cassação”.

A decisão ressaltou também que os laudos periciais, os depoimentos de testemunhas, as imagens de câmeras de monitoramento e a confissão de Chrystian comprovam o crime.

Entenda o caso

Um dia após completar 81 anos, Neide foi encontrada morta em sua casa, localizada na Praça Joaquim Murtinho, no bairro do Embaré, em Santos. Ela estava amordaçada com uma coleira de cachorro em sua cama. O sobrinho, principal suspeito pelo crime, foi encontrado um dia depois, no bairro Vila Mathias.

Na ocasião, confessou o crime e foi preso. Chrystian foi julgado no dia 22 de novembro de 2022 no Fórum de Santos por homicídio qualificado, envolvendo motivo fútil, asfixia, meio cruel e dificuldade na defesa da vítima devido ao seu gênero feminino.

O rapaz foi condenado a 30 anos de prisão durante julgamento realizado em novembro daquele ano. Dois deles pelo roubo de uma televisão, que vendeu por R$ 850 para comprar drogas após matar a tia. Após vender a televisão, o sobrinho teve relações sexuais com uma garota de programa.

O suspeito, na ocasião do crime, foi flagrado por câmeras de monitoramento próximo a casa da vítima de 81 anos. Na época, o delegado do 3º Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Thiago Nemi Bonametti, informou ao G1 que o acusado alegou que a idosa o perseguia. Por este motivo, invadiu a casa dela para tirar satisfações. Bonametti informou ainda que o homem disse aos policiais que o “sangue subiu à cabeça”. 

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