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TJSP decreta prisão de médico por hidrolipo que levou paciente à morte

Médico Josias Caetano dos Santos se tornou réu na Justiça após ser responsabilizado por hidrolipo que levou à morte Paloma Lopes Alves, 31

atualizado

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Reprodução/Redes Sociais
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1 de 1 Design sem nome – 2024-11-27T085540.552 - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo — O Tribunal de Justiça paulista (TJSP) decretou a prisão preventiva do médico Josias Caetano dos Santos, responsável por um procedimento de hidrolipo que resultou na morte de Paloma Lopes Alves, de 31 anos, realizado em uma clínica localizada no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo.

A mulher morreu no dia 26 de novembro de 2024, após sofrer uma parada cardiorrespiratória na clínica Maná Day, de acordo com o boletim de ocorrência, obtido pelo Metrópoles.

Segundo a Justiça, os acusados — o médico e outros três funcionários do estabelecimento, que também tiveram a prisão decretada — “assumiram o risco de matar ao realizarem procedimento estético e cirúrgico na vítima Paloma Lopes Alves, sem se atentarem as normas mínimas de saúde e segurança”.

“Tais fatos são de extrema gravidade, praticados por agentes de saúde, de sorte que a custódia é imprescindível para o resguardo da ordem pública. Ademais, extraem-se dos documentos colhidos durante a investigação que a vítima sofreu complicações em procedimento cirúrgico realizado em clínica clandestina, gerida e composta pelos acusados, que agiram com dolo eventual, podendo vitimar inúmeras pessoas ao utilizar medicamentos, equipamentos e protocolos irregulares, fatores que revelam a inegável reprovabilidade das condutas, periculosidade social dos agentes e o risco gerado por seu estado atual de liberdade”, diz parte do despacho da juíza  Luciana Menezes Scorza, da 4ª Vara do Júri.

O caso

Paloma contratou o procedimento cirúrgico totalmente pelas redes sociais e só conheceu o médico Josias Caetano no dia da cirurgia.

De acordo com o boletim de ocorrência, ela teve o primeiro contato pessoal com o médico no dia do procedimento durante o qual sofreu uma parada cardiorrespiratória na clínica Maná Day. O procedimento era na região das costas e do abdome.

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Paloma e o marido, Everton da Silveira
Ela realizou uma hidrolipo, uma lipoaspiração
Paloma Lopes Alves, de 31 anos, morreu após fazer uma hidrolipo

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado imediatamente, mas, ao chegar ao Hospital Municipal do Tatuapé, Paloma já estava sem vida. Na unidade hospitalar, foi apontado como causa provável da morte uma embolia pulmonar.

O pagamento da lipoaspiração foi feito por meio de transferências bancárias, segundo o marido da vítima, Everton Reigota da Silveira, que registrou o boletim de ocorrência. O documento informa também que o médico Josias Caetano tinha várias reclamações nas redes sociais.

Após o ocorrido, a clínica Maná Day desativou as redes sociais.

O caso foi registrado no 52º DP (Parque São Jorge).

O que é hidrolipo

A hidrolipo, também chamada de lipoaspiração tumescente, é um procedimento estético bastante invasivo que remove gordura localizada em diversas partes do corpo, como abdômen, quadris, coxas, nádegas. O uso dessa terminologia não é reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Ela é indicada, geralmente, para pessoas que estejam próximas do peso ideal, mas que possuam acúmulos de gordura que não são eliminados mesmo com dietas e exercícios físicos.

O local para a realização, de acordo com a SBCP, precisa atender alguns pré-requisitos determinados pelo Conselho Federal de Medicina, como ser realizado em centros cirúrgicos, hospitais e clínicas que tenham suporte para qualquer intercorrência do paciente.

Além disso, é preciso pesquisar o currículo do profissional, além de buscar informações sobre o espaço e o preço oferecido pela clínica ou consultório.

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