Thiago Brennand: Emirados Árabes autorizam extradição para o Brasil
Foragido há seis meses nos Emirados Árabes, o empresário Thiago Brennand é alvo de quatro pedidos de prisão por parte da Justiça de SP
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Foragido há cerca de seis meses nos Emirados Árabes, o empresário Thiago Brennand teve a extradição para o Brasil autorizada pelas autoridades do país. Ele é acusado de agressão e estupro e é alvo de quatro pedidos de prisão pela Justiça de São Paulo.
A informação da extradição foi divulgada pela TV Globo. Procurada, a defesa de Brennand ainda não se manifestou.
No início do mês, o advogado do empresário divulgou que ele tinha a intenção de retornar ao país para se apresentar às autoridades brasileiras.
A Secretaria Nacional de Justiça enviou nota ao Metrópoles confirmando que “o pedido feito em desfavor de Thiago Brennand foi concedido pelos Emirados Árabes. O procedimento segue seus trâmites regularmente e ainda não há previsão de quando o extraditando chegará ao Brasil”.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Brennand disse que provavelmente seria preso “injustamente” – ele é acusado dos crimes de estupro, cárcere privado, tortura, lesão corporal gravíssima, coação no curso do processo, ameaça e registro não autorizado de intimidade sexual.
O empresário chegou a ser preso em outubro do ano passado, em Abu Dhabi, mas foi solto após pagar fiança e informar um endereço fixo. A defesa dele pleiteia a revogação do pedido de prisão preventiva e a exclusão de seu nome da lista de difusão vermelha da Interpol.
Pedidos de prisão
Os quatro pedidos de prisão se referem a ações movidas por mulheres. No mais recente, de 6/3, ele é acusado de estuprar a modelo e estudante de medicina Stefanie Cohen em outubro de 2021, em um hotel na capital paulista.
O primeiro pedido se refere à agressão contra a modelo Alliny Helena Gomes em uma academia na zona oeste de São Paulo, registrado por câmeras de segurança do local. O empresário também teve a prisão decretada por corrupção de menores – segundo a denúncia do Ministério Público, ele incentivou o filho que tem menos de 18 anos a ofender Alliny.
Outro pedido é relativo ao caso em que ele é acusado de tatuar no corpo de uma mulher as iniciais dele, além de ter mantido a vítima em cárcere privado. Ele também é acusado de estuprar outra mulher em Porto Feliz, cidade do interior paulista.