Caos em SP: temporal mata 3, derruba árvores e tem ventos de 100km/h
Há registro de falta de energia em toda a capital devido ao temporal; vítimas foram registradas em Osasco, Santo André e Limeira
atualizado
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São Paulo – Três pessoas morreram no temporal que atingiu várias regiões do estado de São Paulo na tarde desta sexta-feira (3/11). Uma delas foi atingida por um muro que caiu na cidade de Osasco, na Grande São Paulo. A outra perdeu a vida após um pedaço da parede de um prédio em Santo André, no ABC Paulista, cair do 18º andar.
A terceira vítima foi confirmada durante a noite. Em Limeira, no interior do estado, o desabamento de um muro causou uma morte, de acordo com informações da Defesa Civil.
Além disso, a tempestade provocou queda de árvores, alagamento, falta de energia. O Corpo de Bombeiros recebeu pelo menos 874 chamados sobre quedas de árvores em toda a capital paulista provocadas pelo vendaval acompanhado de chuva forte. As rajadas de vento chegaram a 103,7km/h no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade.
A Polícia Militar registrou ao menos 46 desabamentos na capital e na Grande São Paulo.
Há registro de falta de energia nas zonas sul, norte, leste e oeste de São Paulo. Segundo a concessionária Enel, as regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste e ainda se está avaliando a extensão dos danos causados. “Devido a complexidade do reparo e a necessidade de reconstrução de trechos da rede, em alguns casos, o restabelecimento da energia pode levar mais tempo”, afirma, em nota.
O Centro de Gerenciamento de Emergência colocou toda a cidade em estado de atenção às 15h42, encerrando às 17h30. Foram registrados seis pontos de alagamento. Por volta das 18h30, apenas um ponto na Avenida das Nações Unidas, a marginal Pinheiros no sentido Castelo Branco, na altura do Parque do Povo, permanecia ativo, mas transitável.
Uma pessoa foi atingida pela queda de um muro Avenida Luis Rink, em Osasco, na Grande São Paulo. Os bombeiros socorreram a vítima no local, mas ela não resistiu aos ferimentos. Felipe Lima Ribeiro do Nascimento tinha 21 anos.
Outra pessoa morreu em Santo André, após a queda da uma parte da parede do 18º andar de um prédio. Uma segunda vítima sofreu deslocamento no ombro. Segundo o capitão André Elias, do Corpo de Bombeiros, o local será investigado.
O aeroporto de Congonhas também ficou sem luz e teve a pista fechada após um avião derrapar no local.
A queda de árvores por causa do temporal causou bloqueios nas rodovias Anchieta e Raposo Tavares e também fechou a estrada do M’Boi Mirim. Não há informações sobre vítimas.
No Sistema Anchieta-Imigrantes, os transtornos ocorreram logo na saída da capital paulista. Na altura do km 12, uma árvore caiu e interditou o acostamento e quatro faixas da Rodovia Anchieta, em direção ao litoral. Por volta das 19h, apenas a faixa 4 e o acostamento permaneciam bloqueados, segundo a concessionária Ecovias.
O trânsito foi interrompido no Corredor Norte-Sul em virtude da queda de uma árvore, que obstruiu a faixa de ônibus.
O litoral de São Paulo também sofreu com a tempestade. O Hospital Santo Amaro, no Guarujá, precisou transferir e realocar pacientes após ocorrer um curto-circuito no transformador em frente à unidade. O acidente foi causado por rajadas de vento de 151km/h que atingiram a Baixada Santista.
Em nota, a assessoria do Hospital Santo Amaro informou que houve princípio de incêndio. A realocação de pacientes aconteceu por causa da falta de energia e fumaça registrada em duas alas.
“O transformador em frente do hospital estourou e houve um princípio de incêndio em duas unidades. O transtorno está controlado, os pacientes foram realocados e não houve vítimas. Entretanto, as cirurgias eletivas estão suspensas até que haja reparo e segurança aos pacientes e colaboradores”, disse o hospital.
Em Santos, o teto de um posto na Ponta da Praia tombou. Não há registro de feridos.