Tempestade derruba parte do muro do Cemitério da Consolação
Desabamento foi provocado por queda de árvore durante fortes chuvas na capital; parte dos jazigos ficou exposta e área foi interditada
atualizado
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São Paulo — Parte do muro do Cemitério da Consolação, localizado em Higienópolis, região central de São Paulo, caiu após o temporal que atingiu a cidade na noite dessa terça-feira (5/3).
O muro, que fica na Rua Mato Grosso, foi atingido por uma árvore que caiu durante a tempestade. Cerca de 25 metros da construção desabaram. Além de interditar o trânsito local, imagens aéreas mostram que a queda deixou parte dos jazigos expostos. O local está isolado e uma equipe realiza a retirada do entulho.
Segundo a Consolare, concessionária responsável pela administração do cemitério, nenhum jazigo foi danificado.
A empresa disse ao Metrópoles que já existe um plano de restauro para o cemitério da Consolação e que aguarda aprovação dos órgãos responsáveis para dar início às obras. O projeto contempla a reforma dos muros e dos dois pórticos de entrada do local, segundo a Consolare.
Esse foi o terceiro caso de queda de muro em cemitérios da capital provocada por temporais desde o início do ano.
Em 24 de fevereiro, o muro do Cemitério Vila Formosa, na zona leste, caiu deixando parte do seu ossuário exposta após uma forte chuva. Nove dias antes, no dia 13 de fevereiro, uma parede do Cemitério do Araçá, na zona oeste, também foi derrubada em razão de um temporal.
A Consolare também é responsável pelo cemitério da Vila Formosa.
O cemitério da Consolação é a primeira necrópole instalada no município de São Paulo e sua estrutura é protegida por lei de tombamento do Patrimônio Histórico da cidade. No local estão enterradas grandes personalidades do país, como o escritor Monteiro Lobato e a pintora Tarsila do Amaral.