Tatuzão: solo cede e avenida é interditada após escavação do Metrô de SP
Com passagem do tatuzão, trecho da Avenida Miguel Conejo, na zona norte de SP, foi interditado em função da “frágil geologia local”
atualizado
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São Paulo – A passagem do “tatuzão”, como é mais conhecida a máquina tuneladora, fez o solo ceder e provocou interdições na Freguesia do Ó, na zona norte da capital paulista, desde sábado (24/6).
Com mais de 10 metros de diâmetro e pesando 2 toneladas, o tatuzão trabalha na escavação de túneis da futura Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. A rede deve ligar o centro da capital até a zona norte.
A perfuração provocou a interdição temporária de um trecho da Avenida Miguel Conejo, onde há prédios comerciais, farmácia e até uma loja do McDonald’s.
Responsável por realizar a obra e por administrar a Linha 6-Laranja depois, a Linha Uni afirma que a interdição foi “preventiva” e seria necessária “em função da frágil geologia do local”. “Trata-se de uma ação normal”, diz, em nota.
Solapamento
Segundo a empresa, equipes de comunicação foram destacadas para manter “constante contato com a comunidade” e a situação “está sob controle”.
“Nesse momento, a equipe técnica está acionando poços de rebaixamento do lençol freático, atividade também já prevista, e as atividades da tuneladora devem retomar na próxima semana”.
Já a Prefeitura de São Paulo diz ter havido um “solapamento em obra do Metrô” neste domingo (25/6), motivo pelo qual a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) bloqueou o cruzamento da Miguel Conejo com a Rua Mateus Leão. Oito linhas de ônibus também foram desviadas.
Ainda segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), informa que realizará uma vistoria no local ainda no domingo.
Após a vistoria, caso seja necessário, a SIURB ficará a disposição para prestar apoio técnico aos responsáveis pela execução da obra.
Por sua vez, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) diz que a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) foi informada e que a ocorrência será analisada.
“Comprovando-se erro técnico na operacionalização por parte da concessionária, será aplicada penalização conforme previsto no contrato de concessão”, afirma.