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Tarifa do futuro trem SP-Campinas seguirá modelo das passagens aéreas

Nova versão de edital do governo Tarcísio de Freitas permite tarifas mais baratas do trem SP-Campinas para quem comprar com antecedência

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Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas com EPIs em obra do Metrô - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas com EPIs em obra do Metrô - Metrópoles - Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

São Paulo – O futuro trem intercidades entre São Paulo e Campinas, que está em fase de licitação pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), terá um modelo de tarifas variadas semelhante ao das passagens aéreas, oferecendo preços mais baixos para quem compra com mais antecedência.

A mudança está na nova versão do edital de licitação do trem, apresentado no mês passado. A equipe de Tarcísio adiou de novembro para fevereiro do ano que vem a realização do leilão e aumentou o aporte que o Estado fará ao projeto, mas criou uma “tarifa média” para o novo meio de transporte, mais barata.

Na primeira versão da licitação do trem intercidades, o governo estabeleceu o valor da passagem para o trajeto entre São Paulo e Campinas (e vice-versa) em R$ 64 reais. Na versão mais recente, essa cifra virou o valor máximo que pode ser cobrado, enquanto que a empresa que assumir o sistema terá de aplicar uma tarifa média de R$ 50.

Desta forma, quem comprar passagens com antecedência, por exemplo, pagará tarifas menores do que R$ 50. Quem deixar para comprar na última hora, pagará a tarifa máxima de R$ 64.

Já o aporte que o governo fará ao projeto, que antes era de R$ 6 bilhões, aumentou para R$ 8,5 bilhões. O valor total da obra não foi alterado: está orçado em R$ 13,5 bilhões.

O projeto é uma das obras que o governo de São Paulo inscreveu no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que deve ter financiamento de R$ 6,4 bilhões do BNDES.

O trem intercidades

O projeto inclui três modalidades de serviços: o Trem Intercidades (TIC), que vai da Estação Barra Funda, na zona oeste da capital, diretamente até Campinas; o Trem Intermetropolitano (TIM), entre Campinas e Jundiaí, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos; e a atual Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que será transferida à concessionária que vencer o projeto.

A expectativa é que a viagem de trem a capital paulista e Campinas seja feita em 64 minutos, com uma frota de 15 veículos. O trem terá velocidade máxima de 150 km/h — e média de 96 km/h.

Ao menos cinco empresas procuraram o governo com interesse em participar da licitação, incluindo grupos brasileiros, europeus e chineses. Após uma série de ressalvas feitas pelos interessados, que poderiam colocar o projeto em risco, o governo aceitou mudar a equação financeira da obra, aumentando as contrapartidas do Estado. Em troca, alterou também a questão tarifária.

O projeto prevê ainda que o governo garanta até 90% da demanda diária estimada do projeto, que é de 60 mil pessoas por dia. Caso a demanda fique em 110% dessa estimativa, o governo receberá um pagamento adicional por usuário transportado.

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