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Tarcísio vê “narrativa” em denúncias de violência policial no Guarujá

Tarcísio confirmou 8 mortes na cidade da Baixada Santista, mas Ouvidoria das Polícias fala em excessos e diz que mortos podem chegar a 10

atualizado

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Josué Emidio / Governo do Estado de SP
Foto colorida do governador Tarcísio de Freitas (de terno cinza), entre o coronel Cássio (à esquerda, de farda), e o secretário Guilherme Derrite (à direita, de terno preto)
1 de 1 Foto colorida do governador Tarcísio de Freitas (de terno cinza), entre o coronel Cássio (à esquerda, de farda), e o secretário Guilherme Derrite (à direita, de terno preto) - Foto: Josué Emidio / Governo do Estado de SP

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) classificou como “narrativa” a denúncia da Ouvidoria das Polícias de São Paulo de que teria havido excessos nas ações policiais do fim de semana no Guarujá, litoral de São Paulo, como resposta à morte do soldado Patrick Bastos Reis, 30 anos, na quinta-feira (27/1).

Em coletiva nesta segunda-feira (31/7), Tarcísio confirmou a morte de oito pessoas no município da Baixada Santista, mas negou que tenha havido abusos por parte das forças de segurança.

“Cada ocorrência é investigada. Não há ocorrência que não seja investigada. Agora, não podemos permitir que a população seja usada e não podemos sucumbir a narrativas. A gente está enfrentando o tráfico de drogas. A gente está enfrentando o crime organizado, e a gente tem de ter consciência disso”, afirmou o governador.

Segundo Tarcísio, as oito mortes confirmadas decorreram de confrontos entre traficantes e policiais. No entanto, quatro dos suspeitos mortos ainda não foram identificados.

“Foram oito ocorrências ao longo dessa operação. A polícia quer evitar o confronto de toda forma, ninguém quer o confronto. Agora, temos uma polícia treinada e que segue as regras de engajamento. A partir do momento em que a polícia é hostilizada, a partir do momento em que há confronto, a partir do momento em que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto, e a gente não quer o confronto”, disse Tarcísio.

Prisões

Até agora, segundo o governador, 10 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento com a morte do policial da Rota. “Aqueles que resolveram se entregar foram presos e apresentados à Justiça. O atirador do disparo foi preso, entregue à Justiça, como tem de ser. A gente não quer de maneira nenhuma o confronto”, continuou Tarcísio.

Ainda assim, o governador disse que “não vai tolerar a agressão”. “Porque a polícia reage e vai repelir a ameaça”, disse.

Durante a coletiva, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que as denúncias de excessos feitas pela população à Ouvidoria das Polícias fariam parte de uma estratégia do tráfico de drogas para enfraquecer as operações policiais.

Derrite afirmou que não tem informações sobre suspeitas de tortura. “São narrativas, como o governador mencionou.” Ele repetiu a frase na sequência. “Essa versão de que um indivíduo foi torturado não passa de narrativa, para nós. Oficialmente, não chegou nenhuma versão.”

Número de mortes

A Ouvidoria das Polícias informou, nesse domingo, que o número de mortes no Guarujá pode chegar a 10, segundo moradores e relatos nas redes sociais.

“Um dos mortos em suposto confronto seria um rapaz esquizofrênico, com adoecimento mental”, diz o ouvidor. Em outro caso relatado por uma advogada, por telefone, uma senhora teve a casa invadida por policiais, que entraram mascarados, sem mandado ou qualquer identificação.

Em redes sociais, a Ouvidoria tem recolhido diversas manifestações de pessoas que vivem em comunidades que são alvo da ação policial. As mensagens citam, por exemplo, determinado número de moradores que deveriam morrer em cada bairro. Outras falam que qualquer um que tiver tatuagens ou antecedentes criminais seria alvo dos policiais.

Há ainda mensagens apontando que um dos mortos supostamente em confronto com os PMs teria marcas de cigarro pelo corpo.

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