metropoles.com

Tarcísio regulamenta distribuição de remédios de cannabis no SUS de SP

Onze meses após sanção da lei de distribuição de canabidiol, Tarcísio publica regras do programa no sistema público de saúde em SP

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Mônica Andrade/Governo de SP
Foto colorida do governador Tarcísio de Freitas discursando ao microfone com painel de fundo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do governador Tarcísio de Freitas discursando ao microfone com painel de fundo - Metrópoles - Foto: Mônica Andrade/Governo de SP

São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) publicou nesta terça-feira (26/12), no Diário Oficial do Estado, a regulamentação da lei aprovada em 31 de janeiro que prevê a distribuição de medicamentos à base de canabidiol, produto derivado da planta da maconha, na rede de saúde pública de São Paulo.

Os medicamentos à base de canabidiol são recomendados para uma ampla gama de tratamentos médicos, de epilepsia à transtornos de ansiedade. A regulamentação prevê que os pedidos de medicamento, feitos por paciente ou seu representante legal, terão de ser avaliados pela Secretaria Estadual da Saúde antes de o produto ser entregue.

Se o pedido for aceito, os remédios serão distribuídos nas Farmácias de Medicamento Especializado. No momento da retirada, além do pedido contendo informações como nome do paciente e do produto, tempo de utilização e quantidade, será exigida a assinatura de um termo de esclarecimento e responsabilidade.

A regulamentação determina ainda que a entrega do medicamento se dará pelo período de seis meses. Após esse prazo, será exigida a renovação da documentação, com novo pedido médico.

Além disso, ficou definido que, caso a distribuição de medicamentos à base de canabidiol para fins medicinais passe a ser incorporada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em esfera nacional, o programa paulista será interrompido e São Paulo passará a operar pelas regras do governo federal.

Aprovação polêmica

A distribuição de remédios à base de canabidiol foi um projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Caio França (PSB), que não faz parte da base aliada de Tarcísio na Assembleia Legislativa (Alesp).

A sanção foi vista, no começo do ano, como um aceno do governador ao eleitorado fora do campo da direita que o apoiou na eleição. Por isso mesmo, deputados bolsonaristas criticaram o gesto de Tarcísio.

O governador, por sua vez, defendeu a medida com argumentos técnicos, ressaltando os resultados positivos obtidos com o medicamento para tratamento de algumas doenças graves.

Tarcísio também usou como exemplo o tratamento feito por um sobrinho com síndrome de Dravet, condição em que o paciente sofre convulsões agudas. “Meu sobrinho só melhorou quando começou a tomar canabidiol”, disse o governador à época.

O projeto deveria ter sido regulamentado em 90 dias após a sanção da lei, mas o governo argumentou que era preciso realizar uma série de estudos antes de colocar a nova legislação em vigor. Uma comissão criada na Secretaria da Saúde determinou quais doenças poderiam ser tratadas com o medicamento.

Além da síndrome que atinge o sobrinho do governador, doenças como a síndrome de Lennox Gastaut e a esclerose tuberosa foram incluídas no rol beneficiado com a distribuição do medicamento pelo SUS.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?