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Tarcísio quer R$ 7 bi do PAC para obras em metrô e trem privatizados

Governo Tarcísio inscreveu quatro projetos para linhas de metrô e trem privadas para obtenção de financiamentos do BNDES via PAC

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Francisco Cepeda / Governo do Estado de SP
Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas e mais pessoas, vestidas com roupas sociais, capacete de obra e coletes refletores, durante visita a obras do metro. Todos são homens brancos de meia idade. Tarcísio está de frente para um púlpito transparente - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Tarcísio de Freitas e mais pessoas, vestidas com roupas sociais, capacete de obra e coletes refletores, durante visita a obras do metro. Todos são homens brancos de meia idade. Tarcísio está de frente para um púlpito transparente - Metrópoles - Foto: Francisco Cepeda / Governo do Estado de SP

São Paulo — O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) inscreveu mais quatro projetos de mobilidade no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, em busca de financiamento para obras em duas linhas de metrô e duas de trem que já foram concedidas à iniciativa privada.

Ao todo, o governo paulista requisitou R$ 6,9 bilhões para investimentos do PAC Seleções, que tem linhas de créditos de até R$ 14,5 bilhões para essa frente de investimentos, com recursos do Orçamento da União e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A aprovação dos projetos está sob análise do Ministério da Casa Civil.

Desse total, Tarcísio quer R$ 3,2 bilhões para a extensão da Linha 4-Amarela do Metrô até a cidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo — hoje ela opera da Luz, no centro, até a Vila Sônia, na zona oeste. O governador também busca mais R$ 2,8 bilhões para prolongar a Linha 5-Lilás, que liga o centro à zona sul, até o bairro de Jardim Ângela, no extremo sul da capital.

Por fim, o governo quer ainda R$ 900 milhões para a troca da sinalização — sistema de controle dos trens — das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, que eram da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e foram concedidas à ViaMobilidade.

Novas obras

Todas as quatro linhas objetos do pedido do governo paulista são operadas por subsidiárias do Grupo CCR. Entretanto, pelas regras do PAC, empresas privadas não poderiam ter acesso aos recursos, que são voltados apenas para os entes federativos (estados e municípios).

Dessa forma, a proposta é que o governo de São Paulo atue apenas como intermediário, obtendo a linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e repassando para as empresas, que ficarão encarregadas de quitar o financiamento.

A viabilização dessas obras pelas empresas privadas deve requerer a assinatura de termos aditivos nos contratos de concessão que o governo tem com as subsidiárias da CCR.

Os projetos são feitos pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos, chefiada por Marco Assalve, enquanto a engenharia financeira e a definição sobre os investimentos são da Secretaria de Parcerias em Investimentos, chefiada por Rafael Benini.

Na área de transportes, os governos Tarcísio de Freitas e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que são adversários políticos, já firmaram parceria para a execução de duas obras via PAC.

Uma é a construção do trem intercidades, ligando São Paulo a Campinas, cujo leilão está marcado para fevereiro do ano que vem. A obra prevê investimento total de R$ 13,5 bilhões.

A outra é a extensão da linha 2-Verde do Metrô, que vai da Vila Madalena, na zona oeste, até a Vila Prudente, na zona leste. Tarcísio está prolongando o ramal até a Penha, também na zona leste, em um projeto de cerca de R$ 8 bilhões.

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