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Tarcísio prepara novo modelo de ensino técnico nas escolas de SP

Proposta de novo ensino técnico de Tarcísio cria estrutura paralela à do Centro Paula Souza e é criticada pelo Conselho Estadual de Educação

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Imagem colorida do secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder, ao lado do governador Tarcísio de Freitas - metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder, ao lado do governador Tarcísio de Freitas - metrópoles - Foto: Divulgação/Governo de SP

São Paulo – A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) estuda um novo modelo de ensino técnico-profissionalizante para oferecer aos alunos do ensino médio em São Paulo.

A nova modalidade prevê aulas dentro das escolas regulares, administradas pela Secretaria da Educação, e não nas Escolas Técnicas (Etecs) do Centro Paula Souza (CPS), reconhecidas pela qualidade do ensino no Estado.

Esse novo modelo deverá ser criado por meio de um decreto do governador e deve prever a oferta de 100 mil vagas. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Metrópoles.

Na nova proposta, as aulas técnicas serão oferecidas em modelos de ensino presencial, com professores que podem não ter experiência no magistério – seriam profissionais com experiência em suas áreas.

O governo do Estado prepara um decreto em que reorganiza a Secretaria Estadual da Educação e cria a Coordenadoria de Educação Profissional (Cepro).

A minuta do decreto foi submetida à avaliação do Conselho Estadual da Educação, que fez críticas à proposta.

“A proposta da Secretaria da Educação de criar uma nova coordenadoria para gerir suas escolas técnicas precisa levar em conta que o Centro Paula Souza já desempenha essa função com qualidade, sem a necessidade de se criar uma estrutura adicional com cargos, salários e a exigência de desenvolver uma equipe”, diz parecer do conselho.

“Ademais, ao se fragmentar a gestão das escolas técnicas, corre-se o risco de perda de sinergia e de comprometimento da qualidade educacional. O Centro Paula Souza possui equipes especializadas, com profissionais capacitados, que conhecem a realidade e as demandas das escolas técnicas.”

Redução de gastos

A mudança ocorre em um momento em que Tarcísio prepara um projeto de lei para alterar a Constituição do Estado de São Paulo e ter autorização para reduzir os gastos anuais em Educação para aumentar os recursos da Saúde.

Tarcísio quer autorização para poder reduzir de 30% para 25% o total do Orçamento paulista gasto com Educação. O percentual retirado dessa área iria reforçar o caixa da Saúde, que recebe 12% dos recursos, segundo a Constituição Estadual.

O secretário da Educação, Renato Feder, se comprometeu no início do governo a ampliar o número de matrículas no ensino técnico. Ele quer que metade dos cerca de 1,5 milhão de alunos do ensino médio do Estado estejam matriculados em aulas profissionalizantes até o final do mandato, em 2026.

Por outro lado, Feder já declarou que deve interromper o crescimento das vagas em ensino integral, com alunos tendo aulas durante todo o dia. Essa foi a principal política pública tocada pela gestão anterior, de João Doria e Rodrigo Garcia, pelo PSDB.

 

 

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