Tarcísio nega retomada da Operação Escudo na Baixada: “Nada disso”
Tarcísio de Freitas desautorizou PM e afirmou que “reforço no policiamento” sempre houve; ele elogiou operações recentes do MPSP com a PM
atualizado
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São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou, nesta quarta-feira (17/4), que a Polícia Militar retomará a Operação Escudo diante do desaparecimento de um soldado da corporação no litoral do estado. A ação matou 28 pessoas na Baixada Santista no ano passado — este ano, sob o nome Operação Verão, foram oficialmente 56 mortos.
A retomada havia sido cogitada por oficiais da PM nessa terça-feira, mas Tarcísio negou a informação. “Não, não. Nada disso, não tem Operação Escudo”, disse o governador a jornalistas, após um evento que marcou a abertura mais leitos de internação no complexo de saúde das Clínicas, no centro da capital.
Na terça-feira (16/4), a Polícia Militar havia informado ter deslocado 250 agentes para o litoral para reforçar as buscas pelo soldado Luca Romano Angerami, desaparecido desde domingo (14/4) após ir a uma adega com um amigo.
“O reforço no policiamento sempre há. Essa questão do policiamento é dinâmica. A Baixada Santista é muito importante e vem sofrendo muito com o crime organizado ao longo do tempo”, disse o governador, ressaltando que o Porto de Santos tem papel relevante como ponto de exportação de drogas para traficantes. “São coisas que a gente tem de enfrentar.”
Operações do MPSP
Ao falar do tema, o governador procurou destacar que as forças de segurança têm adotado outras ações para enfrentamento do crime organizado, e destacou operações recentes do Ministério Público de São Paulo, em parceria com a Polícia Militar, contra lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).
“A gente está fazendo enfrentamento com inteligência, combatendo as várias vertentes de lavagem de dinheiro, seja no transporte público, seja nas prefeituras e na questão dos contratos públicos. […] Vamos ter novas operações policiais nesse sentido, em parceria com o Ministério Público. É o enfrentamento que nós temos que fazer”, disse o governador.